Captado com a devida vénia
in, "Revista Municipal" nº 16 da Câmara Municipal de Lisboa
2º semestre de 1943
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Sempre que passo pelo Largo Quintela e ao ver esta estátua do mestre Teixeira Lopes - vítima de vândalos - surge ao meu pensamento a frase retirada do subtítulo do famoso livro A RELÍQUIA, de Eça de Queirós: Sobre a nudez forte da verdade - o manto diáfano da fantasia, de acordo com a primeira edição de 1887.
Se a frase é um reflexo da trama do romance, ela não deixa de estar presente neste seu axioma, que pela nudez forte da verdade - vendo e reflectindo sobre o tempo presente o que sobra - é o manto diáfano da fantasia - neste caso, política, e que a todo o custo com as inverdades de que dão mostras deseja esconder dos cidadãos a miséria moral em que vive o velho e honrado Portugal, herdeiro de glórias passadas de um tempo que parece, nunca mais voltar.
Se a frase é um reflexo da trama do romance, ela não deixa de estar presente neste seu axioma, que pela nudez forte da verdade - vendo e reflectindo sobre o tempo presente o que sobra - é o manto diáfano da fantasia - neste caso, política, e que a todo o custo com as inverdades de que dão mostras deseja esconder dos cidadãos a miséria moral em que vive o velho e honrado Portugal, herdeiro de glórias passadas de um tempo que parece, nunca mais voltar.
Eis o axioma de Eça de Queirós:
"Hoje que tanto se fala em crise, quem não vê que, por
toda a Europa, uma crise financeira está minando as nacionalidades? É disso que
há-de vir a dissolução. Quando os meios faltarem e um dia se perderem as
fortunas nacionais, o regime estabelecido cairá para deixar o campo livre ao
novo mundo económico."
Dá que pensar...
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