http://rr.sapo.pt/(de 29 de Julho de 2016)
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Em 2006, o papa Bento XVI, durante a visita que fez ao antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polónia, ao deparar com o horror das câmaras do extermínio, deixou para o Mundo ouvir esta pergunta angustiante:
- Onde estavas, Deus?
Por este tempo, em 29 de Julho de 2016, o Papa Francisco, de visita ao mesmo local, no decorrer da Jornada Mundial da Juventude, rezou emocionado e em silêncio ante o mesmo local de horror, durante duas longas horas e, possivelmente, a mesma pergunta do seu antecessor deve ter estado presente naquela oração silenciosa que é um modo muito profundo de falar com Deus.
Depois, cumprimentou sobreviventes do Holocausto e um
grupo de pessoas que ajudaram judeus a fugir do regime
nazi, tendo percorrido a pé o monumento internacional às vítimas do campo.
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A visita destes dois Papas àqueles locais da intemperança dos homens pela vida dos seus semelhantes é um motivo de reflexão que permite dizer o seguinte: enquanto Bento XVI conseguiu ter palavras para perguntar - Onde estavas, Deus? - ao Papa Francisco não ocorreram palavras, mas falou o silêncio e se, para o Mundo a pergunta de Bento XVI ficará a marcar indelevelmente, a dor expressa de Deus se ter ausentado dos esbirros nazis que mataram centenas de milhares de semelhantes seus, o silêncio do Papa Francisco se lhe retirou palavras, só ele sabe, aquelas que disse a Deus, que efectivamente, esteve ausente em Auschwitz e Birkenau entre 1940 a 1945.
Entenda-se ausente das mentes nazis, mas sempre presente a olhar a maldade dos homens que se ausentam d'Ele.
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