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sábado, 16 de julho de 2016

O meu desconforto político...


O meu desconforto político deve-se a uma Constituição da República Portuguesa - a Lei Fundamental - que permitiu que António Costa, embora tivesse concorrido às eleições de 4 de Outubro de 2015 com o fito de as ganhar e formar governo - tendo para tanto concorrido apenas apoiado pelo Partido Socialista (PS) - no fim, se tivesse comportado com as leis liberais da Revolução Francesa e para ser Primeiro-Ministro se tivesse aliado com forças políticas eleitas para o Parlamento e com esse "cozinhado" - apenas e só para derrubar o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS) que coligados ganharam as eleições - tivesse formado Governo.

O meu desconforto político deve-se a isso mesmo, porquanto o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) são contrários aos Tratados estabelecidos com os nossos parceiros europeus.. e é com esses partidos que o constitucional PS - fundador da nossa Democracia - se aliou, pelo que António Costa por mais voltas que dê não me convence e jamais terá o meu respeito político enquanto não emendar o erro cometido.

O meu desconforto político deve-se ao facto da Constituição admitir que partidos políticos que se apresentam a eleições desligados de compromissos eleitorais antes de ocorrer o dia do sufrágio nacional o possam fazer, depois, o que não me parecendo violar a lei - nos seus aspectos liberais com resquícios na Revolução Francesa - viola os sentimentos e o sentido do voto dos cidadãos, pelo que não posso deixar de pensar que António Costa ao fazer o que fez actuou assim.

O meu desconforto político nasce daí, do facto do voto dos cidadãos - no caso dos que votaram no PS - que passou o tempo eleitoral a pedir "a maioria absoluta" verem depois, os seus votos amalgamados com os votos de partidos contrários aos nossos compromissos europeus, quando o mais sensato teria sido para defesa de Portugal um entendimento entre forças políticas mais consentâneas com os tais compromissos assumidos, que agora, como propõe o PCP os "Tratados" devem ser rasgados...

Foi para isto que António Costa formou Governo, ou foi, simplesmente - tal como os seus parceiros acidentais - para derrubar Passos Coelho que conseguiu erguer Portugal da pré-bancarrota em que o PS deixou, como uma má herança, a todos os portugueses?

Por isso, não posso calar o meu desconforto político.
Portugal merece mais... e melhor!

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