Dominar, porém, está longe de lhe ser consentido destruir a Natureza porque ao fazê-lo está a agir contra si mesmo, pelo que o domínio da técnica mais elaborada se lhe permite produzir mais e melhor, para que tal aconteça, não deve do que tem à sua disposição saciar-se de tal modo que torne inesgotável os recursos naturais, pelo que há que resistir à tentação de possuir sempre cada vez mais, como acontece hoje, em grandes organizações da economia mundial, que vive sem cuidar que a maior parte dos cidadãos - pela sua ambição desmedida - estão condenados a viver uma pobreza explícita em muitos casos e, noutros, uma pobreenvergonhada.
Assistimos no nosso tempo ao uso de uma medida que tudo nivela pelo interesse económico, quando ao lado o que acontece é a escravização do próprio homem, quando o espírito deste - tal como foi formado pela directiva que Deus aponta no Génesis - não lhe dá o direito de agir assim, porquanto a posse de bens não pode deixar de ser libertadora e isto só se consegue quando aquilo que faz - em vez de se amealhar desmesuradamente - é colocado ao dispor dos outros homens, não devendo qualquer crescimento económico fazer esquecer os restantes objectivos inerentes à dimensão espiritual de cada homem.
Infelizmente, existe uma nova mentalidade do desenvolvimento técnico-científico que,não raro, está a sentir dificuldades em compreender a dimensão espiritual do ser humano e age como se ela não existisse, considerando-a uma atribuição de ordem religiosa e tudo o mais só tem valor quando possa ser pesado em ordem à contabilização dos valores da economia, parecendo que fazer entra aqui o campo religiosos é impor restrições morais que tendem a diminuir o lucro pessoal ou das grandes organizações da economia.
Sabendo-se que os avanços técnicos se não estão dependentes da religião ao ponto de serem esquecidas normas éticas do campo da moral humana que é religiosa pela acto único da Obra da Criação, é por isso, que essas conquistas que deviam ser postas ao serviço do homem, são, em muitos casos, colocadas à sua destruição, pelo que urge chamar a este campo o papel religioso que cabe ao homem desempenhar desde a aurora da Criação do Mundo, cabendo por isso o dever moral de humanizar a ciência e a técnica.
E é aqui que cabe, com toda a justiça, um pensamento de um sábio do nosso tempo:
“Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé.
A Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que
fé, páscoa é amor.”
Albert Einstein
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