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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Acima de tudo o Amor!


Na Obra da Criação, Deus ao debruçar-se sobre o ser humano, disse: Crescei e multiplicai-vos, enchei e submetei a terra (Gn1,28) e desde esse momento ficou patente a superioridade do espírito sobre a matéria, implicando o domínio do homem sobre todas as coisas e seres não humanos com o poder da sua razão fundada na espiritualidade da sua ascendência, não pelo poder físico mas da sua força imaterial, dominar as coisas, sendo que este domínio ficou assente em duas componentes: no espírito e na matéria, dependendo a sua vida do equilíbrio que existe entre aquilo que ele é, e a Natureza em que ele se move.

Dominar, porém, está longe de lhe ser consentido destruir a Natureza porque ao fazê-lo está a agir contra si mesmo, pelo que o domínio da técnica mais elaborada se lhe permite produzir mais e melhor, para que tal aconteça, não deve do que tem à sua disposição saciar-se de tal modo que torne inesgotável os recursos naturais, pelo que há que resistir à tentação de possuir sempre cada vez mais, como acontece hoje, em grandes organizações da economia mundial, que vive sem cuidar que a maior parte dos cidadãos - pela sua ambição desmedida - estão condenados a viver uma pobreza explícita em muitos casos e, noutros, uma pobreenvergonhada.

Assistimos no nosso tempo ao uso de uma medida que tudo nivela pelo interesse económico, quando ao lado o que acontece é a escravização do próprio homem, quando o espírito deste - tal como foi formado pela directiva que Deus aponta no Génesis - não lhe dá o direito de agir assim, porquanto a posse de bens não pode deixar de ser libertadora e isto só se consegue quando aquilo que faz - em vez de se amealhar desmesuradamente - é colocado ao dispor dos outros homens, não devendo qualquer crescimento económico fazer esquecer os restantes objectivos inerentes à dimensão espiritual de cada homem.

Infelizmente, existe uma nova mentalidade do desenvolvimento técnico-científico que,não raro, está a sentir dificuldades em compreender a dimensão espiritual do ser humano e age como se ela não existisse, considerando-a uma atribuição de ordem religiosa e tudo o mais só tem valor quando possa ser pesado em ordem à contabilização dos valores da economia, parecendo que fazer entra aqui o campo religiosos é impor restrições morais que tendem a diminuir o lucro pessoal ou das grandes organizações da economia.

Sabendo-se que os avanços técnicos se não estão dependentes da religião ao ponto de serem esquecidas normas éticas do campo da moral humana que é religiosa pela acto único da Obra da Criação, é por isso, que essas conquistas que deviam ser postas ao serviço do homem, são, em muitos casos, colocadas à sua destruição, pelo que urge chamar a este campo o papel religioso que cabe ao homem desempenhar desde a aurora da Criação do Mundo, cabendo por isso o dever moral de humanizar a ciência e a técnica.

E é aqui que cabe, com toda a justiça, um pensamento de um sábio do nosso tempo:

“Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, páscoa é amor.”

Albert Einstein

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