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terça-feira, 19 de julho de 2016

Nem sempre quem semeia é que faz a colheita!


Alguém disse que a felicidade está no semear e não no colher, quer seja nos campos físicos da vale ou nos campos humanos...

É sabido que esta afirmação está em desacordo com aqueles que desejam usufruir unicamente da colheita sem cuidarem que toda a criatura foi chamada a construir a vida mais por aquilo que pode e deve semear do que pelas colheitas que possa vir a obter, porquanto, pensando nas  sementeiras humanas de todo o homem, quer as do seu empenho em tornar o mundo mais harmonioso, quer as do amor que lhe cabe dar e deve transmitir, podem para ele mesmo não lhe dar os frutos, tantas vezes esperados.

Quando, porém, tal acontecer, resta-nos ter em conta que esta sementeiras se podem render proventos para o próprio, devem, contudo, ser entendidas como contributos para o bem colectivo e a certeza que apenas Deus na Sua infinita sabedoria sabe em plenitude, quais os frutos que devem ser dados a cada uma das suas criaturas, sejam ou não os da sua própria sementeira, no pressuposto que a vida sendo uma construção complexa que começa com o esforço individual, tende a ser uma construção de cada um em prol de toda a comunidade.

O que conta, pois, é semear.

Acresce a tudo isto, dizer, que nem sempre o ceifeiro foi o semeador, mas este, cedo ou tarde, será lembrado pelas lavras que fez - físicas ou humanas - razão suficiente para que o pensamento de semear sem ter o fito na colheita deva ficar connosco e que as sementes do amor germinem para que a vida ganhe sentido e seja mais aprazível.

E que Deus nos dê  a todos a felicidade de sermos campos férteis onde as nossas construções edificadas fiquem a falar por nós e os arados humanos que todos temos possam abrir leiras fundas, de tal modo que não se perdendo nenhuma das sementes, estas possam um dia dar os frutos esperados... podendo não ser para nós.

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