Homem velho e mulher nova
Dão-me sempre a impressão
Do Inverno entrar na cova
Co'a Primaverara p'la mão!
Era então, um jovem adulto, e recordo-me de ouvir João Villaret recitar - como até hoje só ele o soube fazer em Portugal - esta quadra algo brejeira, de que desconheço o autor, e assim pode ser entendida se for lida pelo lado humano menos afectivo, mas que pode esconder em verdadeiros casos de amor um sentimento de verdade existencial caridosamente exemplar.
E foi assim que o homem velho me fez lembrar o tronco caduco da velha árvore da foto e a mulher nova, a roseira florida que alinda o ambiente que naquele caso é o da natureza vegetal, mas pode ser, no humano, sem qualquer brejeirice, o que é possível acontecer quando as almas num arroubo de amor humano se cruzam sem idades, obedecendo, apenas, a sentimentos maiores.
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