in, visao.sapo.pt de 8 de Agosto de 2015
As Auto-Estradas são sempre equipamentos muitos caros ao ponto de custar, em média, entre 10.000 a 12.000 euros cada metro linear, incluindo movimentos de terras, construção da via, respectivas bermas e valetas, obras de arte (pontes, aquedutos e viadutos) túneis, sinalizações de superfície e aéreas, etc.
É norma corrente de quem estuda o
"dossier" dos fluxos viários, só um trânsito acima de 15.000
carros/dia, dar garantias de manutenção e sustentabilidade económica às
Auto-Estradas, A ser assim a "A8" - Auto Estrada do Oeste com 138Km, não tem trânsito que a justifique. De igual modo, assim é a "A10", a conhecida Auto-Estrada do Ribatejo e a "A13", a Auto-Estrada do Pinhal Interior. A "A2" justifica 2 dos 12 meses do ano. Julho e Agosto, tal como a "Via do Infante".
Costuma dizer-se "que os erros dos nossos pais e avós fazem-nos eles e pagamo-los nós", pelo que - embora úteis e necessárias para o progresso do País - o erro não esteve na sua construção, mas sim no espaço temporal em que as mesmas foram construídas, porquanto, tiveram como base a vaidade política de um tempo e de pessoas concretas bem conhecidas que porfiaram em deixar obra... mas deixando as dívidas das mesmas para as futuras gerações, o que, de modo algum, racionalmente, é compreensível.
E isto não é desculpável e só aconteceu porque os mais responsáveis sabiam que "o povo é sereno" e ia, tal como está, com língua de palmo a pagar a factura em face do descalabro bem recente que foi cometido à vista de todos.
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