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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Não há "castelos no ar"!


Castelo dos mouros em Sintra


Não há "castelos no ar"!
E não existem de duas maneiras:

Ou seja, não podem haver projectos utópicos e irrealizáveis, como infelizmente, na nossa política caseira pós-25 de Abril, alguns "casteleiros" pensaram ser possível, ao ponto de terem levado uma parte do povo a acreditar na sua verborreia manhosa e, por isso, é que tantos desses "castelos" se construíram, uns na mente dos que acreditaram nos falsos construtores, e outros que se construiram e agora por assentar em locais que não lhes permitem mostrar a sua necessidade, não tarda, serão abatidos, como é o caso de alguns estádios de futebol.

Por outro lado, "não há castelos no ar" quando se arquitectam mentalmente, destinos impossíveis de alcançar - um facto comum por demais na juventude - quando no ardor desculpável e até compreendido se forjam na bigorna do ferreiro em que mais ou menos, nesta idade, se arranja na oficina improvisada do pensamento, sonhos de vida que podem constituir percalços dolorosos se não forem devidamente caldeados, e assim criadores de desilusões que acarretam no futuro desesperanças, senão abandonos de carreiras e faltas de força humana para contornar os sonhos perdidos que não houve maneira de lhes dar forma na tal bigorna do ferreiro que se julgava haver no pensamento, quando, afinal, apenas existia na imaginação exaltada que via cor de rosa um mundo em frente, mas sem lhe conhecer a porta de entrada que era larga no sonho e apertada - ou inexistente - na realidade.

Disse François Mauriac que "É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição" e falou verdade, porque se é caro destruir a obra feita e desnecessária, mais caro é - não tendo preço - destruir sonhos falsamente elaborados porque a sua liquidação é, muitas vezes, a derrota que vai acompanhar pela vida fora o homem.

É certo que o Poeta Fernando Pessoa, disse: "Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce." , mas atenção ao pormenor importantíssimo de Pessoa ter começado por dizer: "Deus quer", ou seja, todos os sonhos do homem ou começam por ser aferidos na balança de Deus ou - caso contrário - estão sujeitos ao fracasso, se atentarmos que na base do sonho - seja ele qual seja - tem de estar o AMOR como força inspiradora, se atentarmos e para citar um outro homem de génio, quando ele disse: "Para fazer uma obra de arte não basta ter talento; não basta ter força; é preciso também viver um grande amor".  (Mozart).

Efectivamente, não há "castelos no ar" se lhes falta o mais importante: O AMOR, algo que não existiu nos estádios de futebol que hoje estão quase ao abandono - porque aqui o que houve foi VAIDADE - e, porque é o AMOR que comanda a vida, todos os sonhos da juventude que não tenham o AMOR como mola propulsora, arriscam-se a ser "castelos no ar".

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