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segunda-feira, 23 de março de 2015

Um poema de Albert Einstein sobre a amizade




Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein


Quando lemos este homem das ciências puras e o vemos debruçar o seu lúcido pensamento para temas esotéricos como o de não existirmos e podermos nascer de novo, um para o outro  num dado lugar em que ele acreditou, a sensação que nos fica é que Einstein prova que a ciência pode e deve andar de braço dado com a fé e que é um erro fazer o contrário, porque a ciência é uma das muitas possibilidades que Deus dá ao homem de se realizar por inteiro dentro do campo racional da sua razão.

Eis o que nos diz João Paulo II sobre os pontos comuns que existem entre a Fé e a Razão.

Em auxílio da razão, que procura a compreensão do mistério, vêm também os sinais presentes na Revelação. Estes servem para conduzir mais longe a busca da verdade e permitir que a mente possa autonomamente investigar inclusive dentro do mistério. De qualquer modo, se, por um lado, esses sinais dão maior força à razão, porque lhe permitem pesquisar dentro do mistério com os seus próprios meios, de que ela justamente se sente ciosa, por outro lado, impelem-na a transcender a sua realidade de sinais para apreender o significado ulterior de que eles são portadores. Portanto, já há neles uma verdade escondida, para a qual encaminham a mente e da qual esta não pode prescindir sem destruir o próprio sinal que lhe foi proposto. (...)
Em resumo, o conhecimento da fé não anula o mistério; torna-o apenas mais evidente e apresenta-o como um facto essencial para a vida do homem: Cristo Senhor, « na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime », 18 que é participar no mistério da vida trinitária de Deus.
Cap. 2 - A razão perante o mistério.
nº 13 da Encíclica de João Paulo II sobre as relações entre a Fé e a Razão.

Eis, porque, a amizade de que nos fala Einstein no seu poema é um meio para que todo o homem investigue a sua razão, não apenas, naquilo que vê ou sente, mas dentro do mistério, que de modo algum é anulado pelo conhecimento da fé, porquanto, é por meio dela que vivemos das duas formas que o grande cientista nos aconselha: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

A nossa vida é o maior desses milagres!


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