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sábado, 21 de março de 2015

A vingança da Natureza!



in, jornal "Miau" de 19 de Maio de 1916


Este dia assinala o começo de mais uma Primavera e é, lembrando a data e o significado das flores que atapetam as ramadas da árvore e a arma de guerra envolvida pelas flores do campo - olhando a gravura -  que se lembra, ficcionalmente, o seguinte:

A última guerra dos homens naquele local destruíra tudo em redor durante um dos Invernos tenebrosos, tendo ficado abandonada aos pés de uma das muitas árvores destruídas ou maltratadas uma arma com a baioneta enclavinhada, ao pé da qual uma caveira é a testemunha vencida daquela guerra, como o resultado visível de um corpo que ali ficara morto para sempre.

Dir-se-ia, que naquele local - como acontecera com os soldados mortos - a própria natureza havia morrido, mas tal não aconteceu!

Dando uma lição aos homens da barbárie, as Primaveras que sucederam ao confronto vingaram-se e nos anos seguintes fizeram florir a árvore que sofrera os ataques da metralha, fazendo-a surgir engalanada e pronta a mostrar aos homens que no próprio campo da guerra podem renascer com toda a garridice as suas flores.

Assim, nós, homens,  entendêssemos a lição que nos dá a vingança da Natureza sobre a barbaridade dos homens!

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