Meu Portugal, meu berço de
inocente,
Lisa estrada que andei débil
infante,
Variado jardim de adolescente,
Meu laranjal em flor sempre
odorante,
Minha tarde de amor, meu dia
ardente,
Minha noite de estrelas rutilante,
Meu vergado pomar de um rico
Outono,
Sê meu berço final no último sono!
.....................................................................
No
"Prólogo" do seu livro: "D. JAIME" foi assim,
carinhosamente, que Tomás Ribeiro na sua "paleta" poética pintou o
retrato de Portugal: "Meu Portugal, meu berço de inocente", acrescentando-lhe
a "lisa estrada" que ele calcorreou nos seus tempos de menino, onde
ele via, florescente um "variado jardim" e um "laranjal em
flor"...
Como ele eu digo:
"Sê eu berço final no último sono", apesar de ter deixado de ver Portugal pintado das cores como o viu o Poeta do "D. JAIME".
Como ele eu digo:
"Sê eu berço final no último sono", apesar de ter deixado de ver Portugal pintado das cores como o viu o Poeta do "D. JAIME".
Tenho,
no entanto, quando dormir neste cantinho adorado o meu último sono, a
felicidade de o ter visto, não com as cores de Tomás Ribeiro, mas com as cores
de um País - pobre de bens naturais, como sempre foi - mas rico de bens
humanos, no qual apetecia viver, para o ver, hoje, de cores tão desmaiadas, que nunca julguei ver.
Pessimismo meu?
Será.
Mas eu sou de um tempo em que havia mais respeito humano cuja aprendizagem se fazia nos primeiros anos da velha e saudosa ESCOLA PRIMÁRIA, quer através dos textos de uma humanidade que eles transmitiam, quer através do exemplo que era um motivo de sanidade social, hoje, algo desaparecida... como se ela fosse um vento que passou!
Será.
Mas eu sou de um tempo em que havia mais respeito humano cuja aprendizagem se fazia nos primeiros anos da velha e saudosa ESCOLA PRIMÁRIA, quer através dos textos de uma humanidade que eles transmitiam, quer através do exemplo que era um motivo de sanidade social, hoje, algo desaparecida... como se ela fosse um vento que passou!
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