O grande erro da filosofia materialista
profundamente ateia,
é que, ao negar à alma
a sua realidade independente
lhe tira toda a grandeza de ser a par do corpo,
a parceira mais íntima da aventura da vida.
Corpo e alma, no entanto, completam-se.
Enquanto o corpo é a caixa de ressonância
dos gritos da alma,
esta, conta e sente os aleluias das conquistas do corpo,
enquanto agente físico que gera as vitórias
sobre os pântanos de que é fértil o mundo.
Assim, se o corpo não pede aquilo que o espírito
lhe pode dar,
é não entender que sendo ele ilimitado
pelo poder da Graça,
se renuncia ao que de mais profundo
existe no Mistério da vida
que Deus deu a todos os homens.
Querer, pois, que a matéria conduza a vida
sem olhar ao espírito, que é uma ave que voa
pelo céu da vida, num looping
sobrenatural
da alma humana,
que é por vontade divina, quem dá carácter e consciência
às atitudes altruístas dos homens
é reduzi-los à massa fria da soma dos corpos
que um dia, irremediavelmente,
se hão-de perder na poeira do nada
deixando famintas de luz as almas que os habitaram
por nunca terem cumprido a vontade
d’Aquele que desde o princípio
lhe impôs o selo da imortalidade.
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