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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Promessas de António Costa... e hão-de vir mais!


Gravura do jornal já extinto "O Zé" de 10 de Julho de 1913

A Máquina Eleitoral já está em movimento


in, Expresso on-line, de 1 de Junho de 2015


Foi dito, ontem, por António Costa, em Resende, no Festival da Cereja.
Como chamar a esta asserção tão peremptória?
No pós-República de 1910 os saudosistas monárquicos deram o nome de banha da cobra aos discursos emplumados dos republicanos. Isso, eu sei, mas custa a crer que mais de um século passado tal nome ainda aflore, como se não tivesse acabado de vez, o que não era sem tempo...

Tomei nota. Com o PS no Governo acabou-se a intranquilidade. 
Portugal vai ser uma terra onde corre leite e mel, como se fosse uma nova Terra Prometida, mas as palavras de António Costa de ser preciso travar a intranquilidade, deixam-me a pensar que quem anda intranquilo é ele mesmo.
  • Como é que ele pode ser tão crente numa promessa destas?
  • Será que o dinheiro para Portugal vai cair do Céu, como aconteceu com o bíblico maná do deserto?
  • Isto sugere que no seu discurso com a comunidade chinesa no Casino da Póvoa de Varzim no passado dia 19 de Fevereiro, ao dizer que Portugal estava «numa situação bastante diferente do que estava há quatro anos» - e que essa diferença era para melhor - por ser uma realidade é que lhe permite afirmar que com ele no poder não há corte nas pensões?
  • Então, isto quer dizer, que Portugal ao contrário do que dizia o PS acabou com a recessão e, embora, pouco está a crescer economicamente.
  • Então, porque não dizer a verdade? 
  • Porque não admitir que o actual Governo nem tudo fez mal feito?
  • Custa muito, não é?
  • Mas - sem o dizer - porque a cartilha política não o deixa fazer, afirmando isto, implicitamente está a elogiar o governo de Passos Coelho que ao tirar Portugal da quase bancarrota, lhe permitiu, ontem, prometer coisas destas... coisas que agradam ao povo mais crédulo e podem render votos... que é disto que se trata.
  • Por favor, haja mais respeito pelos portugueses.
  • Diga-lhes a verdade, sr. António Costa.
Portugal vive um mau momento, do qual ele é co-responsável, porque durante dois anos pertenceu a um Governo despesista que via nas Obras Públicas megalómanas a salvação do emprego e em consequência da Economia.
E foi o que se viu. O falhanço total.
  • Pensará, António Costa, que todos endoidecemos?

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