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sexta-feira, 19 de junho de 2015

"António Costa manifestou-se amigo do Tsipras" - disse-o Mário Soares.




«O maior acontecimento político da semana que passou, no sentido da União Europeia, foi a vitória de Tsipras na Grécia, e o fracasso da Senhora Merkel quando quis, em vão, dominar Tsipras. (...) Quer isto dizer que a longa crise europeia está a passar e Portugal, devido ao seu governo e ao seu aliado, o Presidente da República, Cavaco Silva, não passam da cepa torta e estão no fim, como a grande maioria dos portugueses já percebeu e deseja.
Pelo contrário, o líder socialista, António Costa, manifestou-se como amigo de Tsipras. Ou seja, tudo muda na União Europeia para melhor e as políticas de austeridade, queria o governo português ou não, deixaram de ter sentido. A crise da União Europeia está a acabar.»
Mário Soares, no Diário de Notícias (3 de Fevereiro de 2015)

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Em Fevereiro de 2015 era um sonho...
Hoje é um pesadelo!
No entanto, o culpado deste texto laudatório não é Mário Soares, cujo percalço foi ter ido na corrente de uma maré gloriosa, que assim pareceu a António Costa, como então foi noticiado, logo após a vitória do Syriza:


in, Expresso.sapo.pt, de 25 de Janeiro de 2015


Afinal não havia uma maré gloriosa - este designativo é meu - e perece-me legítima quando penso na euforia daquele tempo, que em relação ao PS pela voz de António Costa me pareceu uma "asneirada", porque, afinal, o que havia era uma maré de sargaços, que devia ter sido prevista - em primeiro lugar pelo povo grego que se deixou embalar em "cantos de sereia", como se tivesse regredido aos tempos da sua velha "Mitologia" - e em segundo lugar, por partidos responsáveis como devia ser o Partido Socialista português.

Espero para bem de todos nós - portugueses - que António Costa e Mário Soares tenham aprendido a lição: o primeiro porque foi atrás do Syriza e o segundo porque foi atrás do primeiro, pintando como tem sido seu costume - e não o devia ser para bem da sua própria memória política - "cobras e lagartos" contra o Governo da Nação e Presidente da República.

Afinal - como se esperava - enganaram-se os dois!
Coisas que acontecem.

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