Pesquisar neste blogue

sábado, 13 de junho de 2015

O "Pão e Circo" de António Costa de juízo solto por causa das eleições


Gravura publicada pelo Jornal já extinto "O Zé" de 2 de Outubro de 1913

"Quo Vadis" 
Para onde vais Portugal?

É o que nos ocorre perguntar - vendo-se o que vai por aí de populismo e desnorte político, mesmo ainda, sem estarmos em campanha eleitoral, vendo e ouvindo o velho e estafado "Pão e Circo" da velha Roma da qual se relembra o episódio:



Com a desagregação da República o primeiro Imperador romano Octávio Augusto (63 a.C.-14d.C.) encontrou Roma numa situação social desesperada com a maioria a viver em extrema pobreza. Daí que o Estado romano tenha criado a política do "Pão e Circo", ou seja, a promessa de "pão grátis" e festas - o "circo" - para distrair o povo.


Salvo as distâncias sociais e históricas, António Costa por causa das próximas eleições que não quer perder, de modo nenhum - dado o que ele fez contra corrente ao seu camarada António José Seguro - apesar disso, devia ser mais responsável e não prometer com ele no Governo uma vida mais fácil - ou seja, mais "pão" e, também, com ele de posse do Governo ser revisto o negócio da TAP - ou seja, anda a prometer "pão e circo" a uma colectividade nacional que se quer ver livre - embora contra vontade da TAP - mas neste momento, defendê-la no sentido de a viabilizar, como ele o faz e outros, seria:
  • Aumentar os portugueses com mais impostos (como se os que temos não bastassem) ou então, injectar capital para tornar viável uma Empresa com um passivo enorme e cuja recapitalização seria um rombo a mais nas nossas paupérrimas  contas públicas
  • Necessariamente, como a União Europeia (UE) para aprovar a ajuda do Estado à TAP imporia como condições o seu redimesionamento - corte de frotas, tonando-a menos competitiva - logo,  com os despedimentos de pessoal inerentes, o que António Costa propõe é uma aberração.
É certo que António Costa - se ganhar as eleições - pode reverter a privatização da TAP - mas os custos indemnizatórios inerentes a uma tal atitude para colmatar a responsabilidade do contrato assumido com o Estado, tornam este modo de falar no tal "pão e circo" que ele vai dando aos portugueses.

Mas isto é só para inglês ver. Faz parte da demagogia socialista porque a recuperação da TAP para o domínio público vem ao arrepio do que ele mesmo - num governo de que fez parte tentou fazer - ou seja, não vendeu a Empresa à Swissair porque esta faliu!

Depois, atentemos nisto:
A TAP não foi vendida por dez milhões. Isto é o valor que o Estado vai receber, sem gastar um cêntimo do erário público.

Isto é uma caricatura que António Costa faz, esquecendo o passivo da Empresa - e aqui entre o "circo" que ele quer dar aos portugueses - ao comparar o negócio com um treinador de futebol - porque a TAP tem várias centenas de milhões de euros de valor negativo que vão ser absorvidos pelo comprador, pelo que qualquer valor positivo que o Estado venha a encaixar constitui um negócio lucrativo, mas isto, de propósito - manhosamente - não é dito aos portugueses pelos políticos como António Costa o faz e uns certos jornais que lhe fazem a vontade e que não merecem ser comprados.

Não nos esqueçamos que o passivo da TAP que vai ser assumido e faz parte da responsabilidade do comprador são de cerca de 360 milhões de euros e que o Estado - para a viabilizar teria de o fazer à custa das nossas contribuições - acrescendo a tudo isto a renovação da frota de aviões que está garantida pelo comprador, algo que Portugal não poderia fazer.

Por isso, um pouco mais de contenção no verbo solto.
Vamos falar das realidades do País. 

Já basta de "Pão e Circo"...

Sem comentários:

Enviar um comentário