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domingo, 14 de junho de 2015

A União Europeia tem vergonha da sua raiz cristã.




Com a queda do Império Romano do Ocidente ocorrida em 466 d.C., diz a verdade histórica que o Cristianismo se difundiu por toda a Europa, ficando-se-lhe a dever - em todos os povos - uma melhor vivência digna do homem, cada um consigo mesmo, e todos com a colectividade, impregnando nela o sentido da fraternidade evangélica que durante muitos séculos coexistiu com a sua bandeira de Paz.

Aquilo a que hoje assistimos é que a Europa tem vergonha da sua raiz cristã ao afastar-se progressivamente de Deus, chegando ao ponto, nalguns lados, de se ter tornado agressiva com aqueles que professam o Cristianismo, parecendo, contra toda a sensatez humana - pondo de parte toda o divino que lhe cabe por direito próprio - de querer construir o futuro longe dos valores do Evangelho.

E com são simples estes valores!
Vejamos, entre muitos outros, apenas estes:

  • Vida (com a defesa que ela merece em todas as fases)
  • Família (como comunidade afectiva e transmissora inter-geracional por excelência)
  • Criação (respeitando-a nos seus Princípios básicos de defesa da Natureza e do Ambiente)
  • Justiça (defendendo uma economia justa que não esteja ao serviço de uns poucos, mas de todos)
  • Solidariedade (pela actuação privilegiada com os pobres e com todos aqueles que a sociedade coloca nas margens)
  • Paz (pela força do diálogo em detrimento das armas de guerra)
  • Responsabilidade (pelo respeito pelas culturas diferentes)

Tudo isto faz parte da matriz cristã que a União Europeia não tem sabido respeitar e, por isso, esquecidos estes valores mínimos o que se passa é o avanço de forças contrárias que a todo o custo querem impor aquilo que não é um credo - mas um modo de ver o mundo de uma forma unilateral - enquanto a Europa descristianizada por uma Economia sem rosto vai esmigalhando a taça de Valores que teve e já não tem, minada por dentro por ateísmos e agnosticismos fúteis, que são, apenas, inculturas espirituais.

Toda esta perda começou no século XVII quando o protestantismo desenvolveu um sistema doutrinal para ser aceite, apenas, do ponto de vista intelectual dos que estavam mais interessados no deísmo racionalista, abjurando a Revelação cristã e criando a sua crença num Deus transcendente - é verdade - mas que, segundo os fautores daquele atropelo à Lei divina, como eles sancionaram, abandonou a Sua Obra ao governo das leis naturais, como se isto fosse possível ao Pai da Criação.

É a Europa que temos sem rei nem roque...

Muito racional, muito inteligente, mas que não lida com a sobrenaturalidade do Deus autêntico, mas daquele Deus que ela criou à sua medida - e, embora, sem lhe negar a transcendência - vive esquecido d'Ele, mergulhada a fundo numa intelectualidade onde falta, verdadeiramente, a cadeira fundamental - a do respeito pelas suas Leis - e que quer ser e com toda a justiça o Advogado da Vida, da Família, da Criação - que Ele não pode enjeitar -, da Justiça, da Solidariedade, da Paz e da Responsabilidade.

Até quando O vamos esquecer?

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