Isilda Pegado
http://www.publico.pt (19 de Janeiro de 2014)
No dia 17 de Junho de 2015, Guilherme Silva - no exercício da presidência da A.R. em substituição da respectiva Presidente - a Rádio Renascença noticiou que, irá explicar aos cidadãos proponentes que a
hipótese que têm de não deixar cair o processo é que façam um requerimento na
próxima legislatura a pedir que a iniciativa seja discutida e que vale mais
isto do que não ter a garantia de ser feita a votação final global ainda nesta
sessão.
http://www.publico.pt (19 de Janeiro de 2014)
O não agendamento na actual Legislatura de uma "Iniciativa Legislativa de Cidadãos" (I.L.C.) subordinada a uma “Lei de apoio à Maternidade e Paternidade – do Direito a Nascer, a que Presidente da Federação Portuguesa pela Vida, Isilda Pegado meteu ombros é o claro despudor dos parlamentares que neste momento dispõem de uma maioria absoluta para poder - se o tivessem querido - levar à discussão parlamentar o documento que entrou na A.R. no dia 18 de Fevereiro de 2015.
Estas iniciativas de cidadãos outorgada pela lei nº 17/2003 da AR, devem obrigatoriamente ser subscritas por 35.000 cidadão eleitores. Para lhe dar corpo Isilda Pegado recolheu em cerca de três meses 48.115 assinaturas, propondo alterações á fracturante lei em vigor.
Logo após a entrega desta proposta da cidadania com implicações legislativas - por motivos que nos escapam - teve atrasos no seu acompanhamento e, agora, sem uma justificação consistente ou convincente, Luis Montenegro, o líder parlamentar do PSD - interpretando o sentir da conferência de todos os líderes parlamentares - veio informar que a mesma não seria discutida nesta Legislatura pelo que este descaro é demonstrativo da falta de respeito que merecem ao Parlamento as iniciativas dos cidadãos.
Mas que esperar se o assunto foi arrastado de propósito - atrevo-me a dizer - para não contaminar o tempo eleitoral que se avizinha, pelo que Isilda Pegado que encabeçou a lista, deve pedir contas desta falta de respeito pelos cidadãos ao PSD - o seu Partido - a menos que a Presidente da A.R. ponha estes senhores em sentido e traga à Assembleia da República o respeito que faltou aos líderes parlamentares.
Vale a pena por uma questão histórica trazer a liça, notícias relacionadas com a (ILC) que o calculismo frio e medroso dos nossos parlamentares deixaram ficar na gaveta como se o assunto, num tempo em que o Primeiro-Ministro abre a boca a colocar em cima da mesa a necessidade de haver mais natalidade está em contraponto com esta iniciativa louvável, seja uma maçada ou um contratempo eleitoral.
E, por isso, autorizou a marcha à ré, quando a iniciativa de Isilda Pegado - por aquilo que ele diz - devia andar na popa do "navio" como uma bandeira bem levantada e, nela, o nome da sua destemida mentora que bem merecia pela ideia e pelos combates que tem travado mais consideração.
Porque a história se faz com as atitudes que marcam o tempo, ficam aqui para memória. em primeiro lugar, o texto que deu origem ao "projecto de lei" e não "petição", como é dito no nº 8 do referido texto, presente no pedido de assinaturas.
Mas que esperar se o assunto foi arrastado de propósito - atrevo-me a dizer - para não contaminar o tempo eleitoral que se avizinha, pelo que Isilda Pegado que encabeçou a lista, deve pedir contas desta falta de respeito pelos cidadãos ao PSD - o seu Partido - a menos que a Presidente da A.R. ponha estes senhores em sentido e traga à Assembleia da República o respeito que faltou aos líderes parlamentares.
Vale a pena por uma questão histórica trazer a liça, notícias relacionadas com a (ILC) que o calculismo frio e medroso dos nossos parlamentares deixaram ficar na gaveta como se o assunto, num tempo em que o Primeiro-Ministro abre a boca a colocar em cima da mesa a necessidade de haver mais natalidade está em contraponto com esta iniciativa louvável, seja uma maçada ou um contratempo eleitoral.
E, por isso, autorizou a marcha à ré, quando a iniciativa de Isilda Pegado - por aquilo que ele diz - devia andar na popa do "navio" como uma bandeira bem levantada e, nela, o nome da sua destemida mentora que bem merecia pela ideia e pelos combates que tem travado mais consideração.
Porque a história se faz com as atitudes que marcam o tempo, ficam aqui para memória. em primeiro lugar, o texto que deu origem ao "projecto de lei" e não "petição", como é dito no nº 8 do referido texto, presente no pedido de assinaturas.
“Lei de apoio à Maternidade e Paternidade – do Direito a
Nascer
1 – O Povo vai levar ao Parlamento um Projecto de Lei – “Lei
de apoio à Maternidade e Paternidade – do Direito a Nascer”. Para tanto são
necessários 35.000 subscritores. Tarefa de todos os que defendem a Vida Humana.
Uma vez ali, e por imperativo legal, o Parlamento terá de discutir e votar
aquele diploma.
2 – O Povo não se conforma além do mais, que, no País com a
mais baixa taxa de Natalidade do mundo, uma em cada cinco das gravidezes
termine em aborto.
A experiência destes anos de liberalização do aborto mostra
que, as mulheres em risco de aborto, estão em geral numa profunda solidão.
Apesar de muito se falar em apoios à maternidade, o facto é que no drama que
leva ao aborto não estão criados mecanismos de apoio à Vida, à Maternidade e à
Paternidade.
3 – Por isso, a proposta de lei que irá ser apresentada
destina-se a:
a) Apoiar a maternidade e paternidade criando mecanismos de
informação, respostas sociais adequadas e incentivos pessoais e profissionais
para que as mães possam ter os seus filhos;
b) Trazer o pai ao processo de decisão e, com a
responsabilidade inerente, tomar parte na vida que está em risco de aborto;
c) Eliminar o aborto gratuito e os subsídios ao aborto;
d) Informar a mãe das circunstâncias ecográficas da gravidez
e de todas as alternativas ao aborto;
e) Reconhecer o bebé, antes do nascimento, como membro do
agregado familiar e com direito a nascer;
f) Eliminar a actual desconfiança que cai sobre os
profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) objectores de consciência, que
os impede de acompanhar as suas pacientes.
4 – Isto é, a proposta de lei da Iniciativa Legislativa de
Cidadãos (I.L.C.) é um instrumento positivo, que se propõe ajudar as famílias a
terem os seus filhos e, a criar uma verdadeira “Cultura de Vida” na Sociedade.
Ao reconhecer-se o Direito a Nascer daremos um enorme passo na dignificação da
Vida Humana desde a concepção.
Porém,
5 – A I.L.C. não
é um instrumento para penalizar o aborto. Temos por certo que o aborto deverá
ser sempre proibido. Mas esta lei não se debruça sobre essa matéria. A I.L.C.
propõe apoio à maternidade e paternidade e espera-se com isto combater o
aborto. A Lei Penal não é o único instrumento de combate ao aborto. Há tantos
domínios onde este trabalho deve ser feito!
6 – A I.L.C. não
é instrumento de legitimação da actual lei penal, que despenalizou o aborto a
pedido da mulher até às 10 semanas de gestação. A qual continuará injusta,
iníqua e violadora dos Direitos Humanos. Com a presente lei de Apoio à Maternidade
e Paternidade o chamado “aborto a pedido” ficará limitado pelo “direito a
nascer” do filho.
7 – A I.L.C. não
é resultado de qualquer acordo de partidos ou de alguma instituição, é uma
iniciativa de cidadãos (tal como o nome diz e é exigido por lei) que propõem o
texto ao Povo, que o subscreverá, para se poder iniciar o processo legislativo
no Parlamento.
8 – A I.L.C. não
é uma Petição. Nestes 7 anos de liberalização do aborto já foram apresentados
no Parlamento três Petições sobre o aborto – “Vemos, Ouvimos e Lemos, não
podemos ignorar”; “Defender o Futuro” e “Fim ao aborto gratuito”. Nenhuma
petição pediu a penalização do aborto, mas todas pediam a revisão da
regulamentação da Lei do aborto. Agora, mais do que um pedido (porque não é
petição) o Povo toma em mãos o poder directo de apresentar um projecto de lei
e, no uso desse direito de soberania, provocará o debate em sede parlamentar e
a resposta concreta dos senhores Deputados no apoio à maternidade e
paternidade.
9 – A I.L.C. não
é um texto perfeito e imutável. Terá certamente lapsos e é susceptível de ser
alterado (desde que não desvirtuado o seu objecto) em sede de processo
legislativo, no Parlamento. Para isso, os que o queiram, serão chamados a
intervir.
Assim, também
será com esta Iniciativa Legislativa, tão genuína e realista, que Portugal pode
encontrar um novo rumo e Esperança de Vida.
Em consequência o texto - ipsis-verbis - cerca de um mês antes da petição ser entregue na A.R., publicada pelo Jornal "A Voz da Verdade" - semanário do Patriarcado de Lisboa - no dia 14 de Janeiro de 2012, subordinado ao título:
A cultura do amor
« Portugal tem desde há 4 anos uma lei que
atenta contra a vida humana não só nos primeiros tempos (aborto até às 10
semanas) como também ao longo da vida fértil das mulheres que a tal flagelo se
submetem.
O aborto é sempre
um mal: para a criança porque é impedida de nascer; para a mulher que o pratica
porque física e psiquicamente fica com marcas para o resto da vida; para o pai
porque de uma forma ou outra (umas vezes é o impositor do acto, outras porque
contra a sua vontade) acaba por carregar aquela culpa e dor; e para a Sociedade
que assiste e tem dentro de si estes sofrimentos que tantas vezes geram
agonias, danos, depressões e até violências diversas.
Esta lei que
liberalizou o aborto em Portugal produziu já nas camadas mais jovens, em
especial nas raparigas, uma mudança de mentalidade plasmada na ideia de que – o
que está na Lei é bom. Isto é, o aborto nada terá de censurável porque é um
acto legal. Famílias que se confrontam com jovens filhos que chegam a casa e
debitam naquele sentido. Colégios de matriz Católica onde os alunos (do
secundário) acham que, a divergência entre o ensinado no Colégio (contra o
aborto) e a Lei (que o permite) só mostra o “atraso do Colégio”, etc..
Muitos outros
países já viveram o que estamos agora a viver. Nesses países foi mantida a
Verdade, através das Igrejas e dos Movimentos de Defesa da Vida. Têm sido lutas
de décadas cujos resultados são tantas vezes infrutíferos à luz dos critérios
do mundo, mas que no tempo, têm gerado uma nova mentalidade que aposta na
dignidade de toda a vida humana e na protecção que a esta, a Sociedade e o
Estado devem conferir.
É também este o
nosso papel dizer todos os dias a Verdade – A vida humana tem de ser protegida,
as mães, pais e famílias devem ser apoiados para suprir as dificuldades que as
levam ao aborto, e o Estado tem de dar sinais de apoio claro à maternidade.
O Estudo que a
Federação Portuguesa pela Vida apresentou ao País com os números do aborto e os
custos deste, revelaram que estamos a “pôr o dedo na ferida”. Do outro lado não
houve reacções credíveis.
Sabemos que por
todo o País o voluntariado nesta matéria – apoio a mães e crianças em risco –
está a crescer, umas vezes institucionalizado outras de forma anónima.
Chegam-nos os relatos de profissionais de saúde indignados com a destruição que
esta lei está a fazer (nomeadamente porque se tornou um meio contraceptivo – 3
e 4 abortos praticados pela mesma mulher) lançam mãos a formas alternativas de
agir, e até a apresentar a objecção de consciência ao aborto que não tinham
apresentado inicialmente.
Muitos são os
relatos e “histórias” de gente que se empenha em “salvar uma vida”, em geral
contadas com grande emoção e felicidade. São histórias de vida que exigem
recato e muita, muita confidencialidade para que ninguém saia magoado.
Por isso, há
sinais de Esperança numa sociedade que tem consciência do mal que é o aborto e
aposta em cada momento na busca de uma solução de Vida e de Amor.
Este trabalho
capilar pode, e estamos certos, fará uma nova cultura.
Como sabemos os
momentos tendencialmente mais frágeis do ser humanos são o início e o fim da
vida.
Vivemos numa
época onde a solidariedade é proclamada por todos. A solidariedade não pode ser
uma palavra vã ou de retórica. Proteger a vida humana no início e no fim da
vida são seguramente os pressupostos mais elementares de uma Cultura solidária
de Vida e de Amor.
Em reacção, a Plataforma pelo Direito a Nascer diz que só
pode haver algum equivoco. Isilda Pegado diz que esta proposta do Parlamento
contraria as determinações recentes da própria presidente da Assembleia da República.
Isilda Pegado acrescenta que a plataforma vai insistir para que a iniciativa
suba a plenário, alegando que isso é o que diz a lei.
Para Isilda Pegado é mais uma batalha.
Pela força e determinação que esta ilustre senhora tem demonstrado - tenho a certeza - que se vai bater pela força da razão que lhe advém das 48.115 assinaturas que granjeou com todo o seu labor para que a iniciativa não fique para as calendas gregas, como parecem desejar estas cinco personagens com quem - sozinha - defendeu a sua acção de cariz legislativo, na TVI, e cujo vídeo aqui fica como um testemunho da sua força interior, onde existe como um imperativo maior o direito à vida.
Vale a pena ouvir - pelo dislate das ideias e dos argumentos - os parlamentares que se deram ao cuidado de rebater Isilda Pegado, que efectivamente "pegou" neles com toda o destemor que a caracteriza e ao qual eu rendo a minha sincera homenagem.
Para Isilda Pegado é mais uma batalha.
Pela força e determinação que esta ilustre senhora tem demonstrado - tenho a certeza - que se vai bater pela força da razão que lhe advém das 48.115 assinaturas que granjeou com todo o seu labor para que a iniciativa não fique para as calendas gregas, como parecem desejar estas cinco personagens com quem - sozinha - defendeu a sua acção de cariz legislativo, na TVI, e cujo vídeo aqui fica como um testemunho da sua força interior, onde existe como um imperativo maior o direito à vida.
Vale a pena ouvir - pelo dislate das ideias e dos argumentos - os parlamentares que se deram ao cuidado de rebater Isilda Pegado, que efectivamente "pegou" neles com toda o destemor que a caracteriza e ao qual eu rendo a minha sincera homenagem.
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