in. "Observador" de 25 de Outubro de 2017
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Portugal era um país com muito maior desigualdade social
antes da crise e, entre os países “periféricos” do sul da Europa, foi aquele
que, tendo sido obrigado a apertar o cinto, conseguiu fazê-lo protegendo, ao
mesmo tempo, os elementos mais vulneráveis da sociedade. Estas são as
conclusões de um estudo académico recente, feito por uma espanhola e um grego,
que critica duramente a opção europeia pela austeridade na resposta à crise mas
defende que, nesse contexto, Portugal surge como o caso em que foi possível
mitigar mais os efeitos dessa opção.
(…)
O estudo, publicado na New Political Economy, constata que
houve “grandes diferenças na magnitude e na conceção dos planos de austeridade”
entre os vários países. Não tendo sido resgatada, Itália teve, em vários
momentos, uma espécie de austeridade “faça você mesmo“, por pressão do Banco
Central Europeu (BCE), mas não fez muita coisa: “impôs um ajustamento muito
menor do que Espanha”. Em contraste, destacam os autores, “Portugal conseguiu
causar menos desigualdade apesar de ter feito uma consolidação orçamental
robusta“.
Portugal é, também, uma exceção positiva quando os autores
assinalam que, nos países em crise, “mesmo quando as medidas de austeridade
foram concebidas para reduzir a desigualdade, os efeitos macroeconómicos de
segunda ordem acabaram por aumentar a desigualdade (exceto em Portugal)”. Por
outras palavras, isto significa que os governos procuraram atenuar o impacto
direto das medidas sobre os cidadãos mais vulneráveis, mas a recessão económica
acabou por levar, por exemplo, a perdas de postos de trabalho, pelo que o
efeito global acabou por ser mais desigualdade — a exceção, aqui, portanto, foi
Portugal, apontam os economistas.
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Este é um recado com destinatário.
E é assim, porque foi invocando o invés de tudo isto que os economistas do "New Political Economy" que tratam sobre o estudo da economia política, que António Costa "passou a perna a Passos Coelho" de colaboração com a esquerda radical do Parlamento para tomar para si um poder que não conquistou nas urnas, e com isso "salvar a face" e só com um propósito: derrubar Passos Coelho que chefiou um governo que livrou Portugal da pré-bancarrota em que o governo do Partido Socialista, de que ele fez parte, num dado tempo, fez que acontecesse.
Hei-se morrer a dizer o mesmo, acrescentando que Portugal tem uma dívida de gratidão para com Passos Coelho e que assim foi expressa pelos eleitores que maioritariamente lhe deram o seu voto em 4 de Outubro de 2015, denotando que Portugal não estava, socialmente, tão desigual como aquela frente obscura, mas arrogante - com António Costa à frente a erguer a bandeira da tramóia - o pintou de cores negras, mas que só ele viu e os outros que se arregimentaram para o seguir e apoiar no intuito último de deitar abaixo o vencedor e em seu lugar colocarem o vencido.
Foi um acto nunca visto e que, espero, jamais volte a acontecer para bem da Democracia!
Foi um acto nunca visto e que, espero, jamais volte a acontecer para bem da Democracia!
Mas, porque, ao pensar no que aconteceu não posso esquecer e a minha alma de cidadão se revolta, sinto porém, que devo a mim mesmo o respeito humano pelo homem, meu irmão na linha da minha Fé cristã, António Costa, mas sinto que politicamente, tenho o direito de manifestar o facto de não estar de acordo com a sua atitude - e, por isso, refiro aqui um pedaço do que acima ficou transcrito por se coadunar com aquilo que pensava na eleições de 2015, na certeza que tinha que Passos Coelho ia "levar a carta a Garcia".
Portugal é, também, uma exceção positiva quando os autores assinalam que, nos países em crise, “mesmo quando as medidas de austeridade foram concebidas para reduzir a desigualdade, os efeitos macroeconómicos de segunda ordem acabaram por aumentar a desigualdade (exceto em Portugal)”.
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