Quando aconteceu a tragédia de Entre-os-Rios, em Castelo de Paiva no dia 4 de Março de 2001 com o colapso da ponte Hintze Ribeiro, o Ministro das Obras Públicas de então, Jorge Coelho, demitiu-se do cargo,alegando uma razão poderosa:
- A culpa não pode morrer solteira.
O Ministro em nada tinha culpa no que aconteceu e ceifou vidas humanas, mas num gesto digno de ser e de se sentir o responsável máximo das infraestruturas rodoviárias, com a queda daquela ponte demitiu-se para que o processo de atribuição de responsabilidades seguisse o seu curso normal.
Infelizmente, como acontece, agora com a Ministra da Administração Interna, que posta perante o problema do incêndio de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas - tendo à frente responsáveis da sua confiança política - e, depois, de se ter provado com a apresentação de um relatório executado por uma Comissão Técnica independente, e onde se afirma terem havido falhas do Estado, não se demite, como se o MAI de que é a responsável máxima não fosse um órgão do Estado.
- Que tempo é este, o que vivemos?
- Será que o bom exemplo nem sempre faz escola?
Espero que haja o bom senso de a demitir.
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