http://24 sapo,pt de 21 de Outubro de 2017
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Tu, sim, minha querida conterrânea Maria da Conceição, é que na tua simplicidade genuína no momento em que chamaste ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa "PRESIDENTE DO AMOR" é que lhe deste um nome que ele mereceu e, naturalmente, tê-lo-á recebido com prazer, vindo de quem veio e a que acresceu o facto dele ter vindo de uma vítima que via a sua casa de Pescanseco Cimeiro meia destruída pelo incêndio do passado dia 15 de Outubro que fez em cinzas quase toda a mancha florestal do Concelho de Pampilhosa da Serra e fez ruir centenas de casas de habitação em toda a área concelhia.
Tu, sim minha querida conterrânea, é que foste na tua humildade e na desgraça de veres ruída a tua casa, de uma sinceridade que fez comover o mais alto Magistrado da Nação, por ter entendido que ao ter recebido tão lindo nome acompanhado de uma garrafa de aguardente - que ele disse que iria guardar para o resto da vida - tu, sim, minha querida conterrânea, naquele gesto simples mas cheio de amor é que lhe deste o nome pelo qual a História o devia cognomiar.
E crê, sinto-me honrado de ser teu conterrâneo, natural de uma aldeia vizinha que fica para lá da encosta do monte que separa a minha aldeia da tua - e que também ficou meia destruída pelo pavoroso incêndio - porque me deixaste a pensar naqueles que, interessada e calculadamente, lhe passaram a chamar "Presidente dos afectos", ao contrário de ti, minha querida Maria da Conceição, que lhe deste com o gesto e com a palavra serrana que não engana ninguém o nome que lhe assenta muito bem, por te ter visitado e todos os nossos conterrâneos por onde passou, desde a sede do nosso martirizado Concelho de Pampilhosa da Serra.
Bem hajas, Maria da Conceição!
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