Passei, ontem, pelo Jardim de um parque público, neste
Outono por demais soalheiro e ao olhar as luzes e as sombras ambientais que
ante os meus olhos se apresentavam numa moldura natural e muito bela,
lembrei-me de fotografar a beleza que recebia de graça e sobre ela,
mentalmente, fui compondo esta meditação:
Que eu e tu,
Querido companheiro – ou
companheira –
Desta jornada breve
Em que Deus nos pôs a viver um
mesmo tempo,
Ainda que em separados espaços,
Saibamos em qualquer dos
caminhos
Por onde havemos de passar
Sermos mais luzes que sombras!
É imperioso que assim seja,
neste tempo
E em qualquer espaço que
ocupemos, hoje,
Amanhã, ou noutro dia qualquer,
Porque é importante que seja
assim o sentido
Da nossa caminhada:
Sermos mais luzes que sombras!
Mas saber e aceitar todas as
sombras,
Na certeza que é sempre delas
Que podem nascer todas as luzes!
O que deixo aqui foi um pensamento que me acompanhou pelo
resto do caminho, enquanto ia pensando nos companheiros que conheci e que, podendo ter sido luzes, deixaram que o
destino os vencesse pelo poder das sombras.
Não nos iludamos: as sombras têm poder!
Todos nós, por algum aspecto conhecemos tragédias iguais,
como conhecemos o inverso, o que prova que todos os caminhos podem e devem num
ponto qualquer - como acontece nas rodovias - ter um ponto de viragem para
emendar o caminho que por percalço se tomou, e percorrê-lo, mas então com a luz
que se impõe vendo às claras aquilo que se andou às escuras!
E porque assim deve ser,
Sermos mais luzes que sombras!
Mas saber e aceitar todas as sombras,
Na certeza que é sempre delas
Que podem nascer todas as luzes!
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