CRUCIFIXO
" Minha mãe. quem é aquele
Pregado naquela cruz?
- Aquele, filho, é Jesus…
É a santa imagem dele!
" E quem é Jesus? - É Deus!
" E quem é Deus? – Quem nos
cria,
Quem nos manda a luz do dia
E fez a terra e os céus;
E veio ensinar à gente
Que todos somos irmãos.
E devemos dar as mãos
Uns aos outros irmãmente:
Todo amor, todo bondade!
" E morreu? – Para mostrar
Que a gente pela verdade
Se deve deixar matar.
João de Deus
João de Deus
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Este poema pela sua beleza e autenticidade reflecte um dos diálogos mais puros de toda a Poesia Portuguesa, onde o seu autor, João de Deus de Nogueira Ramos, de seu nome completo, para além do pedagogo celebrado que foi, fez da sua poesia lírica o seu monumento maior, a ponto de fazer dele um caso ímpar, que ainda hoje perdura.
in, Revista "O Occidente"
de 15 de Julho de 1878
Neste "Crucifixo" o que lemos, vemos e sentimos é todo um manancial de arte poética que prende o leitor em cada palavra de qualquer verso ou estrofe, deixando nele um sentimento de amor pelo Poeta de São Bartolomeu de Messines, que mereceu no seu tempo o culto de ter sido considerado o Poeta do amor.
Neste caso particular, João de Deus deixou bem vincado o seu amor por Jesus Cristo que fez do amor o seu Mandamento maior, levando a mãe a responder nesse sentido, para nos dizer esta verdade infelizmente mal seguida, ou até, muitas vezes, completamente ignorada, quando aquilo que Ele mais quis, foi que, todos nos sentíssemos seus irmãos e desse modo, assim o fôssemos de todos os homens.
Neste caso particular, João de Deus deixou bem vincado o seu amor por Jesus Cristo que fez do amor o seu Mandamento maior, levando a mãe a responder nesse sentido, para nos dizer esta verdade infelizmente mal seguida, ou até, muitas vezes, completamente ignorada, quando aquilo que Ele mais quis, foi que, todos nos sentíssemos seus irmãos e desse modo, assim o fôssemos de todos os homens.
E veio ensinar à gente
Que todos somos irmãos.
E devemos dar as mãos
Uns aos outros irmãmente
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