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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

De facto "cabe ao PS pensar"...


"UMA BARRETADA"

in, Jornal "O Xuão" de 31 de Março de 1908
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Que haja coragem e o Partido Socialista da esquerda dos consensos politicamente construtivos que podem - e devem - ajudar Portugal, diga ao povo português que foi um engano - escusado - do pós-eleições do passado dia 4 de Outubro de 2015, "a união das esquerdas", porque se começa a ver que afinal, como era previsível... não cabem todos dentro do mesmo saco... pela simples razão de não serem esquerdas iguais.
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Eis, um desafio que tende a unir o que nasceu desunido:

“cabe ao PS pensar sobre o que representa o capitalismo e até onde está disposto a ir para constituir uma alternativa global ao sistema capitalista”.

Mariana Mortágua (in, reunião de Coimbra promovida pelo PS)
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Quando António Costa escolheu o Bloco de Esquerda (BE) para o ajudar a trepar para a cadeira do poder, sabia ao que e expunha, pela simples razão que até eu, que não sou político na exacta definição do termo, pensei ao que se ia expor o Partido Socialista tão necessário à vida nacional, pelo que esta frase desafiadora nada tem de novo, porque está conforme o ideário do Bloco de Esquerda - que tem toda a legitimidade para dizer o que disse em Coimbra, a que acresceu esta frase contra o capitalismo - e com a coragem de a ter dito ante uma plateia de socialistas, que ao que parece se entusiasmaram com o desafio lançado ao PS: “cabe ao PS pensar sobre o que representa o capitalismo e até onde está disposto a ir para constituir uma alternativa global ao sistema capitalista”.

Por isso, agora, António Costa que responda aos portugueses se o Partido Socialista está disposto - com ele a dirigir as operações - a virar a agulha e meter-se pela via da esquerda radical que, fatalmente, acabará com Portugal em termos económicos dentro da filosofia dos mercados em que, com a nossa entrada na Europa, estamos obrigados a respeitar quanto às regras e ao discurso político que, de modo algum, admite o que vai na cabeça do Bloco de Esquerda.

António Costa tem que se definir e, logo que seja possível, sem medo provocar novas eleições e ter a sabedoria de se enfileirar com credos políticos mais consentâneos com o tempo actual, pela simples razão que Portugal não pode continuar à mercê de discursos obsoletos e fracturantes.

O Partido Socialista tem de pensar não no desafio que lhe lançou a deputada do Bloco de Esquerda, mas no desafio que lhe cabe cumprir para tirar Portugal da crise, ainda que seja preciso reequacionar o modo da sua actual composição de poder político.

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