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sábado, 4 de junho de 2016

"Mês dos Santos" em Lisboa

Leitão de Barros (in, Wikipedia)

As marchas populares, sucedâneas dos primitivos ranchos e das "marchas ao filambó" com a adaptação em Portugal das "marches au flambeaux" de origem francesa, devem a sua iniciativa a Leitão de Barros, mercê do prestígio de que gozava na cidade de Lisboa, onde foi professor, cineasta, jornalista, dramaturgo e cujo sentido estético que lhe deu a pintura a que e dedicou e a Escola de Belas Artes onde concluiu o cursos de arquitectura, o havia de conduzir à arte cinematográfica e, a partir de 1934 à realização das primeiras marchas populares integradas nas Festa da Cidade.

Esta lembrança do homem a que de deve, que ainda hoje, "o mês dos Santos Populares" seja lembrado e acarinhado em Lisboa pelos seus bairros, levou-me à consulta de uma velha "Revista Municipal" de 1943 e que eu saiba, pela primeira vez, mercê de um poesia de Silva Bastos são posta em relevo as Festas da Cidade de Lisboa.

in, (captado com a devida vénia) da Revista Municipal 
(da cidade de Lisboa) nº 15 - 1º trimestre de 1943
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Por este tempo e por todos os bairros da Cidade vai um afã que ocupa os dias e as noites dos responsáveis, cenógrafos e marchantes para que na noite aprazada do desfile garboso Av. da Liberdade abaixo, à compita, todos - possivelmente, sem se lembrarem de Leitão de Barros - hão-de encher de música, canto e danças toda a emblemática avenida de Lisboa.

Fica, aqui, modestamente, uma lembrança do homem que sonhou o momento que todos os anos se renova, o que prova que em cada homem - se ele quiser - há um momento a cumprir que pode deixar dele, para os vindouros, uma memória que é dever honrar.

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