Todos os anos, por este tempo, no velho jardim abrem-se ao sol umas flores que são um misto de branco e roxo exposto em cada uma das pétalas, de mistura com o verde escuro e robusto da caule coberto de uma folhagem larga e denticulada que cobre em derredor todo o terreno.
Ontem, ante o espectáculo daquela natureza e por desconhecer de todo o nome daquela bela planta, abordei o jardineiro - um homem já entrado nos anos - fazendo-lhe a pergunta que há muito tempo desejava fazer.
- Chamam-se "Lágrimas de Cristo" - respondeu-me solícito e como se não me bastasse o nome - acrescentou: Chamam-se assim, porque, o branco fala-nos da pureza de Jesus Cristo e o roxo, da sua Paixão, porque, Jesus que era puro, chorou...
- Muito obrigado - respondi... ao mesmo tempo que aquele simpático cuidador do jardim, pedindo desculpa, sem ter de o fazer a quem - naquele caso - lhe devia tudo, terminou assim o agradável diálogo daquela manhã de Primavera:
- Fique sabendo, que quando vir um homem chorar está na presença de um ser sensível que se assemelha à pureza de Jesus Cristo!
Despedi-me e fui pelo caminho a pensar em todas as suas palavras...
Jesus que era puro, chorou - havia acabado de ouvir - e veio-me à mente aquela passagem do Evangelho de S. Lucas (19, 41-44), no momento da entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, dando-nos conta do seu lamento, quando depois da subida - que pela graça de Deus eu próprio já fiz - se avista em todo o esplendor a Cidade Santa.
Quando se aproximou, ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: «Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos. Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados; hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.»
Jesus - o Puro - chorou ao ver aquela cidade ingrata que não havia tido entendimento para ouvir a Mensagem que havia trazido para ela - e para todas as cidades do mundo - e este pensamento centrado nas Palavras da Escritura, fez vibrar em mim todas as palavras que me dissera o velho jardineiro, com as últimas delas a martelar com doces pancadas de amor humano, o meu sentimento fraterno por aquele homem de aspecto humilde que tanto me ensinou naquela manhã:
- Fique sabendo, que quando vir um homem chorar está na presença de um ser sensível que se assemelha à pureza de Jesus Cristo!
E eu fiquei a saber que não é feio um homem chorar, na certeza que choram todos aqueles que são sensíveis e se querem aproximar da pureza do Homem-Deus que ao caminhar para a Cruz que se avizinhava - e não havendo notícia que tenha chorado em todo o sacrifício a que foi exposto no Calvàrio - chorou a o ver a cidade de Jerusalém, que como Ele predisse viria a ser derrubada, tendo isto acontecido no ano 70 pelas tropas romanas de Tito, sem ter ficado pedra sobre pedra das muralhas e do Templo e em 135, destruída pelas forças imperiais de Adriano que mandou arrasar a cidade.
Ontem, ante o espectáculo daquela natureza e por desconhecer de todo o nome daquela bela planta, abordei o jardineiro - um homem já entrado nos anos - fazendo-lhe a pergunta que há muito tempo desejava fazer.
- Chamam-se "Lágrimas de Cristo" - respondeu-me solícito e como se não me bastasse o nome - acrescentou: Chamam-se assim, porque, o branco fala-nos da pureza de Jesus Cristo e o roxo, da sua Paixão, porque, Jesus que era puro, chorou...
- Muito obrigado - respondi... ao mesmo tempo que aquele simpático cuidador do jardim, pedindo desculpa, sem ter de o fazer a quem - naquele caso - lhe devia tudo, terminou assim o agradável diálogo daquela manhã de Primavera:
- Fique sabendo, que quando vir um homem chorar está na presença de um ser sensível que se assemelha à pureza de Jesus Cristo!
Despedi-me e fui pelo caminho a pensar em todas as suas palavras...
Jesus que era puro, chorou - havia acabado de ouvir - e veio-me à mente aquela passagem do Evangelho de S. Lucas (19, 41-44), no momento da entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, dando-nos conta do seu lamento, quando depois da subida - que pela graça de Deus eu próprio já fiz - se avista em todo o esplendor a Cidade Santa.
Quando se aproximou, ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: «Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos. Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados; hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.»
Jesus - o Puro - chorou ao ver aquela cidade ingrata que não havia tido entendimento para ouvir a Mensagem que havia trazido para ela - e para todas as cidades do mundo - e este pensamento centrado nas Palavras da Escritura, fez vibrar em mim todas as palavras que me dissera o velho jardineiro, com as últimas delas a martelar com doces pancadas de amor humano, o meu sentimento fraterno por aquele homem de aspecto humilde que tanto me ensinou naquela manhã:
- Fique sabendo, que quando vir um homem chorar está na presença de um ser sensível que se assemelha à pureza de Jesus Cristo!
E eu fiquei a saber que não é feio um homem chorar, na certeza que choram todos aqueles que são sensíveis e se querem aproximar da pureza do Homem-Deus que ao caminhar para a Cruz que se avizinhava - e não havendo notícia que tenha chorado em todo o sacrifício a que foi exposto no Calvàrio - chorou a o ver a cidade de Jerusalém, que como Ele predisse viria a ser derrubada, tendo isto acontecido no ano 70 pelas tropas romanas de Tito, sem ter ficado pedra sobre pedra das muralhas e do Templo e em 135, destruída pelas forças imperiais de Adriano que mandou arrasar a cidade.
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