in, jornal "i" de 11 de Janeiro de 2018
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A propósito das declarações da Ministra da Justiça - fora de tempo, mas com propósito - sobre a não recondução no cargo que só acaba em Outubro da detentora do cargo da Procuradoria Geral da República, o Presidente da República, de acordo com a capa do jornal "i" faz lembrar a este governo que a Constituição não é "o da Joana".
Ser "o da Joana" é um dito que remonta ao século XIV e adveio do comportamento descuidado e lascivo da condessa da Provença, que veio a ser a Rainha Joana I de Nápoles a quem se imputou o propósito de querer assassinar o marido, de que resultou ter-se refugiado em em Avignon, em França, onde aprovou um decreto que regulamentava os bordeis da cidade, aprovando e defendendo as mulheres que viviam desse negócio imoral, donde ser "o da Joana" passou a ser um sinónimo de prostíbulo.
Este é o dito mais impúdico.
O menos gravoso é quando a expressão - isto não é o da Joana - é usada para designar um lugar desarrumado ou desalinhado ou quando as pessoas se comportam com pouca educação ou decoro, ou seja, o dito perdeu a sua conotação sexual e passou a ser, apenas, uma designação para quando se vive no meio da desordem e confusão.
Eis, assim, como ao referir-se ao caso pouco asisado de como a Ministra da Justiça se comportou numa entrevista que deu - e como António Costa tratou o caso - que merecia do ponto de vista político outra atenção dado o acordo existente firmado em 1997 de revisão constitucional entre o PS e o PSD, que prevê a renovação do mandato da PGR, pelo que. publicamente. devia ter desautorizado a Ministra, ao Chefe do Estado não restava outra opinião que não fosse a que teve e hoje é conhecida.
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