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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Este "regato" que somos...


No seu livro “DEVERES” diz, Sertillanges: 

O regato não precisa de transbordar para servir, porque tudo quanto se lhe pede é que corra e banhe as margens.
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Este avisado conselho que o Pensador foi buscar à Natureza dos campos agrícolas, fê-lo a pensar em nós, homens e mulheres, pois, quantas vezes na ânsia louvável de servir nos sentimos ultrapassados pelas nossas próprias forças?

Sejamos como o "regato".
Refresquemos as margens do rio da vida por onde correm "as nossas águas"!

E, ainda que sempre  a correr – isto é, sempre actuantes – levemos aos outros a carícia da nossa humanidade - uma marca d´água comum - e, assim, nos ambientes por onde havemos de passar, refresquemo-los, deixando atrás de nós sem ser preciso ultrapassar a normalidade de viver com moderação e prudência, acções positivas que sejam na “paisagem humana” pontos referenciais da nossa passagem.

Que sejam a “frescura” que pudemos e soubemos dar!

E isto basta, ao invés dos que têm o hábito de com a sua presença imposta e impertinente costumam “secar tudo à volta deles”, não deixando condições para que as flores que os outros trazem – e todos as trazemos para as dar à vida – não possam nascer por causa das nossas vaidades de afirmação, tolas e falhas de humanismo.

Tenhamos, pois, atenção ao modo com deixamos correr o “regato” que somos!

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