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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Portugal envelhecido: uma crise a mais!



Os dados do INE relativos a 2012 agora publicados denotam à evidência como Portugal  a partir do ano 2010 começo a não ter indicadores válidos de filhos/mulher que posam garantir com eficácia a renovação intergeracional.
No tempo da ditadura - anos de 1960-1962 a taxa de fecundidade era em média 3,10 filhos por mulher, tendo diminuído em 1970 para 2,76 e continuou a baixar sempre.
Em 1979 - já com a Revolução em marcha - atingiu 2,11 - um valor que é considerado o mínimo para o renovar das gerações - caindo abruptamente em 1991 para 1,42, até atingir o valor de 1,38, cerca do ano 2000 e em 2007, conforme o gráfico, 1,35.
A curva de valores é perfeitamente explicita .
Basta olhar e constatarmos que a "Revolução dos cravos", como enfaticamente é chamada por alguns, está a afundar Portugal, envelhecendo-o.
Uma crise em cima da crise, porquanto os casamentos fazem-se mais tarde, simplesmente por questões económicas, donde a tão propalada era de crescimento e bem-estar foi um "canto de sereia" cantado aos nossos ouvidos.
Somos, efectivamente, um País envelhecido que não sabe como, nem quando há-de voltar  a dar aos seus filhos a alegria de viver e de, pela sua postura responsável garantir o renovar das gerações.
 

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