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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A verdade e o seu oposto na política que temos!


 
 
 
O povo que é sábio costuma dizer: "Há imagens que valem por mil palavras"... e, há, todos sabemos, o que, quanto à imagem que se reproduz - embora sendo espectacular pelo que encerra da obra do homem e da Natureza - se, ao utilizá-la para o fim que pretendemos, mas servindo-nos de uma outra imagem construída pelo nosso imaginário  - colocarmos Portugal no momento que passa, a subir a estrada a caminho da curva apertada que é necessário vencer pelo perigo potencial que as águas represadas deixam adivinhar no muro do dique,, bem visível, podemos concluir pela necessidade política de nos unirmos todos e, assim, depois de vencer a curva apertada que temos à frente, continuarmos a subida até encontrarmos a estrada da salvação que se vê na gravura, com a particularidade desta estar bem acima da cota das águas perigosas do dique, que ao abrir uma fissura nos podem afogar, se persistirmos, na actual desunião.
Eis, porque, as recentes palavras de António José Seguro, se transmitirem pela mudança do discurso, uma atitude conciliatória devem ser meditadas.
Noticia o jornal “Publico” na sua edição de 23 de Outubro de 2013, que ontem, este político que até aqui usou uma linguagem cinzenta - por lhe ter dado sempre a roupagem da demagogia - ao falar na I Conferência Antena 1/Económico, subordinada ao tema O Estado e a Economia - Um Orçamento Pós-Troika, António José Seguro defendeu que “todas as opções políticas devem passar pelo crivo da sustentabilidade, seja na Saúde, na Educação, na Segurança Social ou nos investimentos”, acentuando que seria proveitos um compromisso de políticas públicas com a definição de um limite para a despesa corrente primária e que,  Portugal não pode regressar ao passado de há dez anos, 20 ou 30 anos.
 
E, depois, foi um regalo ouvir dizer o seguinte:
“Precisamos de um compromisso entre gerações e entre políticas públicas. Os direitos são fundamentais numa democracia, mas esses direitos têm de corresponder a uma sustentabilidade das políticas públicas. Não podemos pôr de lado o rigor e a disciplina a que deve obedecer a gestão dos dinheiros públicos. Propomos um limite para a despesa corrente primária, porque é fundamental, sobretudo no período de ajustamento”
Referiu, depois: a prioridade deve ser a receita do Estado - caso contrário, nunca se conseguirá reduzir o défice, tendo defendido a implementação de projectos estruturantes que levem a diminuir as importações e que os fundos comunitários que vamos receber  até 2020 sejam dirigidos ao objectivo da competitividade, sem subsídios, mas antes com verbas reembolsáveis, com a criação do já propalado Banco de Fomento, dizendo: não se trata de uma inovação, os franceses e os alemães têm bancos de fomento desde o fim da II Guerra Mundial e orientam os fundos comunitários para a competitividade, finalizando por dizer que na aplicação de fundos comunitários, Portugal deve beneficiar das mesmas condições que a Itália e não contabilizar no seu défice a componente nacional destinada ao investimento, acabando por defende a sua visão federalista da Europa, quanto ao desenvolvimento de  políticas orçamentais comuns, desejando para Portugal  um governo  com grande apoio popular em termos de legitimidade democrática, algo que só as eleições podem dar.
 
Tem de ser assim, porque, só um governo liderado por ele ou por outro dirigente do PS, ou então, por um governo bipartido ou tripartido com o PSD E CDS, com os actuais ou outros líderes, é a única possibilidade que Portugal tem de vencer a curva apertada da estrada que temos - e a gravura representa - e podermos chegar à estrada da salvação económica.
será que António José Seguro acordou?
Ou teve um sonho e a "sonhar" disse verdades?
Verdades, que afinal, se transformaram no seu oposto, tendo em conta o que se passou, na tarde do dia 23 de Outubro no decorrer do debate quinzenal na AR, dadas as picardias que trocou com Passos Coelho - e este com ele - pelo que, com estes dois senhores Portugal arrisca-se a não dobrar a curva da estrada.
 

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