Eis o que o homem não consegue fazer!
"A natureza faz troça dos indivíduos.
Desde que a grande máquina do universo vá girando, os ínfimos seres que a habitam não lhe interessam para nada!"
Voltaire
"É triste pensar que a natureza fala e que o género humano não a ouve."
Victor Hugo
"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos."
Schweitzer, Albert
"A natureza só é comandada se é obedecida." Fonte - Bacon, Francis
"Toda a concepção moderna do mundo tem como fundamento a ilusão de que as chamadas leis da natureza sejam as explicações dos fenómenos naturais."
Wittgenstein, Ludwig
"A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil."
Copérnico, Nicolau
"Na nossa conta corrente com a natureza raras vezes lhe creditamos os muitos bens de que gozamos, mas nunca nos esquecemos de debitar-lhe os poucos males que sofremos."
Maricá, Marquês de
"Um povo que considera a natureza seu Deus não pode ser um povo livre."
Hegel, Georg
Sobre a Natureza ficaram aqui opiniões diversas de homens da cultura universal, todos eles eivados de um profundo respeito pela MATRIZ de onde tudo provém e de um tempo e modo que ao escapar ao entendível da mente humana - contra toda a filosofia que, modernamente, vai beber a Kant e atira setas envenenadas contra o autor da Criação - fica aqui a moldura poética de um hino à Natureza de um Poeta de Portugal, cujos traços poéticos são pinceladas de artista na tela imensa do Universo que ele recria com a arte só possível àqueles fadados pela Mãe Natureza para a poderem apreciar e cantar e, depois, dá-la como uma prenda a quem tem o prazer de os ler.
Leiamos e admiremos a "POESIA DO OUTONO" de António Nobre:
A Poesia do Outono
Noitinha.
O sol, qual brigue em chamas, morre
Nos longes d'agua...
Ó tardes de novena
Tardes de sonho em
que a poesia escorre
E os bardos, a
sonhar, molham a pena!
Ao longe, os rios de
águas prateadas
Por entre os verdes
canaviais, esguios,
São como estradas
liquidas, e as estradas
Ao luar, parecem
verdadeiros rios!
Os choupos nus,
tremendo, arrepiadinhos,
O chale pedem a quem
vai passando...
E nos seus leitos
nupciais, os ninhos,
As lavandiscas noivam
piando, piando!
O orvalho cai do céu,
como um unguento.
Abrem as bocas,
aparando-o, os goivos...
E a laranjeira, aos
repelões do vento,
Deixa cair por terra
a flor dos noivos.
E o orvalho cai... E,
á falta d'água, rega
O vale sem fruto, a
terra árida e nua!
E o Padre-Oceano, lá
de longe, prega
O seu Sermão de
Lagrimas, á Lua!
Tardes de outono! ó
tardes de novena!
Outubro! Mes de Maio,
na lareira!
Tardes...
Lá vem a Lua,
gratiae plena,
Do convento dos céus,
a eterna freira!
António Nobre, in 'Só'
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