Gravura publicada pela Revista "A Paródia" de 30 de Maio de 1900
Só Mário Soares - que ajudou a eclosão do eclipse que paira sobre Portugal - é que continua a não ver a linda obra de que é co-responsável, continuando com as suas diatribes a causticar um governo que, como pode, tenta que, de novo, o sol volte a aquecer esta infeliz Democracia, que infelizmente não encontrou servidores à altura, incluindo aquele senhor.
Com efeito, não é entendível - é quase inacreditável - a sanha de Mário Soares, atirando-se ao actual governo como gato a bofe.
Com fonte na TSF e Diário de Notícias, foram conhecidas as suas desbragadas palavras, onde voltou a zurzir com o seu mau génio, sem cuidar que sob Portugal, como aconteceu com o governo dele se abateu um eclipse, que no seu tempo contou com um grande Ministro das Finanças, Hernâni Lopes, que Deus tenha no seu descanso eterno e hoje, estamos ensombrados com um outro, possivelmente, maior.
Se atentarmos na velha gravura que se publica de mestre Rafael Bordalo Pinheiro, vê-se uma figura deitada, prefigurando o País, e de mãos erguidas a ver se tapava o eclipse. No seu tempo Mário Soares fez a mesma figura.
Ou seja, fez o possível para o povo não se dar conta do estado em que o seu governo mergulhou o País com a ajuda externa a que recorreu, emoldurando-a com o seu verbo falaz, mas não se coibindo de nos ter pedido para apertarmos o cinto...
Falta, portanto, decoro a Mário Soares, quando diz: "estes senhores têm de
ser julgados depois de sairem do poder", exigindo a sua demissão, quando o que estamos a fazer é, mais uma vez, a apertar o cinto... de que ele foi o primeiro arauto.
Esqueceu-se?
Há delinquentes - com ele afirmou - no actual governo?
Eu não sei.
Mas sei que Mário Soares ao criticar tão acerbamente um governo que tenta por as contas a direito - com mais ou menos arte - comete um delito porque é movido pela ânsia de ver demitido um governo que foi eleito pelo povo para cumprir uma legislatura, atropelando, assim, o direito que lhe cabe de a cumprir.
E, sendo assim, ele mesmo se torna um delinquente.
Esqueceu-se?
Há delinquentes - com ele afirmou - no actual governo?
Eu não sei.
Mas sei que Mário Soares ao criticar tão acerbamente um governo que tenta por as contas a direito - com mais ou menos arte - comete um delito porque é movido pela ânsia de ver demitido um governo que foi eleito pelo povo para cumprir uma legislatura, atropelando, assim, o direito que lhe cabe de a cumprir.
E, sendo assim, ele mesmo se torna um delinquente.
Para este senhor, que viajou pelo mundo "à tripa forra" sem resultados aparentes, aplica-se a velha máxima daquele que vê o argueiro no olho do outro mas não vê a trave do seu.
É uma lástima a divisão que pretende fazer, quando, mais que nunca, Portugal precisa de unir forças para sacudir para longe o eclipse não só financeiro, como um outro, o mais importante: o eclipse moral e da falta de vergonha que esse, sim, é o que vai demorar mais tempo a eliminar se continuarmos a dar cobertura jornalística a homens como Mário Soares, que é pai de uma pátria - sim, senhor - mas de uma pátria muito dele.
Estará com medo que o governo vá cortar mais um subsídio à sua "Fundação"?
Haja vergonha e respeito pela memória do povo, que não se esquece deste senhor ter sido um governante distraído e um Presidente da República que mal se encontrou em Portugal.
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