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quinta-feira, 27 de abril de 2017

O amor é...


O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia.

Honoré de Balzac

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Após a leitura deste belo e feliz pensamento sobre o AMOR, veio-me à lembrança Florbela Espanca e aquilo que ela deixou dito num momento de bonança da sua vida, num pequeno texto intitulado: AMAR INTENSAMENTE que é um retrato do que, então, lhe ia na alma e ela desejava viver,  dirigindo-se - nunca o saberemos, ao certo - mas possivelmente, ao primeiro amor da sua vida que foi para ela a poesia dos sentidos.

Eis o texto de Florbela Espanca:
  
De que vale no mundo ser-se inteligente, ser-se artista, ser-se alguém, quando a felicidade é tão simples! Ela existe mais nos seres claros, simples, compreensíveis e por isso a tua noiva de dantes, vale talvez bem mais que a tua noiva de agora, apesar dos versos e de tudo o mais. Ela não seria exigente, eu sou-o muitíssimo. 
Preciso de toda a vida, de toda a alma, de todos os pensamentos do homem que me tiver. 
Preciso que ele viva mais da minha vida que da vida dele. Preciso que ele me compreenda, que me adivinhe. 

Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)"

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Voltando ao pensamento de Balzac, o AMOR - quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia, assemelhando-se a uma árvore que morre de pé, vencida pelos anos, e esse é, com efeito, o amor maior, aquele que só ao fim de um ciclo de vida tomba, não tendo pela frente mais caminho para percorrer.

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