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sábado, 15 de abril de 2017

Neste dia de silêncio pascal...


Carta para o meu irmão ou irmã espiritual, crente ou não, 
na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo

Neste dia, especialmente para ti, querido irmão ou irmã que por um motivo injustiçado  te sentiste arrumado a um canto e abandonado por aquele ou aqueles de que nunca julgaste vir a sofrer tal atitude.
Queria lembra-te uma lição antiga que faz todo o sentido neste tempo de Páscoa e nos remete para o sofrimento de Jesus.

Os fariseus, muito antes do Sinédrio o ter condenado à morte, fizeram tudo o que puderam para o por o arrumar a um canto, tendo acontecido, até, quando Nicodemos - que conhecia o Seu poder divino - o pretendeu defender, ter ouvido esta resposta cheia de escárnio:

- Também tu és da Galileia?

E, depois, para darem substância à pergunta, acrescentaram:

- Indaga cuidadosamente e hás-de ver que da Galileia não surge nenhum profeta.(1)

Desconfiados de Nicodemos que se fizera amigo de Jesus - sendo, embora, um membro do Sinédrio e príncipe dos judeus - não acreditando no messianismo Ele assumia por vontade de Deus, arranjaram maneiras de o condenar, na expectativa de o calar para sempre, julgando que as Suas ideias haviam de ficar sepultadas sob a rocha onde cavaram o buraco que susteve o pé da Cruz.
Enganaram-se como sabemos.
Jesus não foi arrumado no canto que lhe haviam destinado, nem ficou abandonado.

Jesus não morreu... Jesus, jamais morrerá!

É verdade, que no nosso tempo, os esbirros da estirpe de Caifás, não cessam de existir - e isto, certamente, aconteceu hoje, não só contigo, mas com muitos nossos irmãos - de quererem arrumar a um canto as crenças que vão beber na doutrina de Jesus, tentando até desfeitear aqueles que no nosso tempo seguem o Homem da Galileia, que era e continua a ser Deus connosco.

De nada vale, porém - se tu e eu - e todos os que acreditamos na Sua Palavra permanecermos firmes, cada um a seu modo, vivendo na certeza que Jesus - que lembramos em mais esta Páscoa - vive no mundo, pregado até na indiferença dos homens malévolos, que há semelhança do ladrão que morreu ao pé d’Ele sem se arrepender, continuam a ter um diálogo de falta de respeito pelo divino que está presente no mundo e do qual, eles mesmos, fazem parte.

Sejamos fiéis. 
Jesus convidou-nos à imitação de Si mesmo, quando disse: Sede santos, como Deus é santo... 
Assim , neste tempo de Páscoa, meditemos em tudo isto.

Perdoa e ama todos aqueles que hoje quiseram colocar-te num canto e não cessam de querer matar as tuas crenças, fazendo negaças às verdades que costumas dizer, que não são tuas - nem minhas - mas d’Aquele que no-las ensinou através dos Seus apóstolos.

Perdoa e procura cumprir, amanhã, mais um dia, mesmo que seja contra tudo e contra todos, desde que respeites os seus pontos de vista, mas fazendo que os teus não fiquem dentro do alforje de luz que transportas!

Recebe, meu irmão e minha irmã, neste dia de silêncio pascal o meu abraço fraterno.

(1)  - Jo. 7,52

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