Gravura publicada pelo jornal "O Thalassa" de 3 de Abril de 1913
Vão caminhando dois burros.
Um que o é pela sua própria natureza e o outro que personifica o Poder, arrogantemente chamando-se a si mesmo - PÁTRIA - e que é burro, por permitir que numa Democracia parlamentar como a que temos hoje, felizmente, a denúncia anónima, torpe e vil ganhe e se imponha, como já tem acontecido com outros governantes, em casos até bem recentes, e agora está a acontecer com Pedro Passos Coelho.
Se o Poder não fosse burro já tinha criado uma lei para que o denunciante não se fosse aceite sob a capa do anonimato e fosse dado a conhecer e das duas, uma: ou ele sustentava a denúncia com a veracidade dos factos e o atingido - governante ou não - sofria as consequências da Justiça ou, ao invés, era ele a sofrer pelo desmando da sua atitude.
A denúncia pode ter razão de ser, mas, ou é verdadeira, ou então é um modo vil de usar a liberdade!
A denúncia pode ter razão de ser, mas, ou é verdadeira, ou então é um modo vil de usar a liberdade!
Mas pedir esta lei é pedir demais a um Poder que é burro e que não tem da Democracia o verdadeiro sentido.
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