https://www.diariodominho.pt/ de 26 de Março de 2018
Tive hoje conhecimento deste gesto magnânimo de filantropia
social desta Empresa de Braga de doar das receitas próprias 500 euros aos seus
funcionários que venham a ser progenitores de novas vidas humanas, pelo facto
da sua gerência saber que a "queda de natalidade em Portugal" tem a
montante uma "vertente económica" como principal razão.
Chama-se a este gesto "uma chapada de luva branca"
aos governantes - não só aos actuais, como a todos os que temos tido depois da
Revolução de Abril de 1974 - porque este decréscimo da natalidade tem sido o
maior factor de empobrecimento de Portugal, sem contudo, ter havido por parte
do Estado uma tomada de consciência deste gravíssimo problema.
Tem havido dinheiro para tudo, até para esbanjar em obras
megalómanas e, como agora acontece, para proteger o Montepio, mais um banco que
estava a cair a pique, para não falar nos demais onde o Estado têm metido
milhares de milhões de euros neste negócio privado, cujos prejuízos deviam ter
sido sustentados pelos seus accionistas.
Razão que me leva a dar os parabéns ao Grupo José Pimenta
Marques e às doze Empresas que o constituem, porque neste gesto colocam por
inteiro, para além da solidariedade social que os informa, o modo de se
intitularem e com toda a verdade e amor humano: "UM GRUPO, UMA
FAMÍLIA".
Eu bem sei que o Estado republicano que temos, não pode
assumir para si este nome, mas que usar a FAMÍLIA como tema da sua política
social devia ser um caminho de prioridade social, algo que não tem querido
adquirir, talvez, porque no Estado Novo havia a sigla: "DEUS, PÁTRIA E
FAMÍLIA " uma tríade politicamente impensável, hoje, com a exclusão de
"DEUS" que a Revolução de Abril deitou ao abandono - e fez muito mal
- ao menos que a "A PÁTRIA E FAMÍLIA" merecesse a este Estado laico
algum respeito, porque sem novos nascimentos que garantam a sucessão
geracional, estamos a matar a PÁTRIA que ainda somos.
Bem haja, por isso, o Grupo José Pimenta Marques e a sua
"chapada de luva branca" ao Estado que temos tido... e ainda temos!
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