Quadras de Castelo de Morais
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Naquele já longínquo ano a publicação "CANTOS DE LISBOA" brilhou pelo seu oportunismo e beleza, quer dos versos dedicados a cada um dos "Cantos de Lisboa" que nela figuram como da beleza das gravuras.
Estas "Portas do Mar" em Alfama, junto ao Terreiro do Trigo, fizeram parte das 46 portas da denominada "cerca nova" mandada construir pelo rei D. Fernando entre 1373 a 1375, constituindo aberturas por onde se penetrava nesta vetusta localidade de Lisboa, e cujo primeiro nome foi: "Portas Novas do Mar".
O poeta não esqueceu estas portas nas quadras que lhe dedicou, deixando na primeira quadra todo o desejo da mulher amada, antevendo a saudade que iria sofrer com a partida do marinheiro depois de passar aquelas Portas "Sempre abertas para a barra", desejando ter, se tal fosse possível, a possibilidade humana de as fechar!
Meu amor é marinheiro.
Falo-lhe às Portas do Mar…
Quem me dera ter uns braços
Com força para as fechar.
Sempre abertas para a barra,
Abertas para os meus ais.
E os meus braços sem poderem
Fechá-las para nunca mais…
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