Fac- simile do soneto in, Revista "Serões" - Março 1910 - nº 57
Eu tenho um profundo respeito pela personagem que a Literatura Portuguesa conhece por Domitila de Carvalho, que foi médica, professora, escritora, política e que teve o privilégio de se a primeira mulher que frequentou a Universidade de Coimbra onde se licenciou em Matemática, Filosofia e Medicina, e a que acresce ter sido uma poetisa de grande valor, que mereceu do Poeta Afonso Lopes Vieira o "Prefácio" de um dos seus primeiro livro de poesia no ano de 1909.
Não desconheço o ostracismo a que a República que temos dedica a todas as personagens monárquicas - como ela foi e, sobretudo, por ter feito parte da "União Nacional" na I Legislatura do Estado Novo - como se todas as virtudes estivessem guardadas para os republicanos, os de então e os de agora, que eu nem sei se o são, ou apenas, uma imagem pálida do republicanismo intrometido na actual Democracia, que ainda tem muito para aprender, a começar pelo respeito que lhe devem merecer todas as pessoas de credos diferentes - longe dos extremismos selvagens - incluindo os que se têm pela Monarquia o seu pendor político.
Neste soneto onde perpassa uma dor profunda, Domitila de Carvalho ergue no seu peito, como ela diz, que - anoiteceu - sem contudo, a noite que caiu ao fim de um dia de espera por alguém que ela idealizara, e que parece ter caído, nesse aspecto íntimo, para sempre na sua vida, lhe ter cortado o amor pala crianças - que não teve porque Domitila de Carvalho nunca casou - e sobre as quais debruçou carinhosamente o seu amor de mulher com as suas intervenções na "Assembleia Nacional", relativamente à mortalidade infantil, tendo estado na origem de aulas de puericultura nos Liceus e Escolas do Ensino Secundário Feminino, advogando a introdução do Crucifixo nas escolas, esta uma razão a mais para o Estado que temos - que os aboliu - esquecer esta Mulher.
Não o faço eu, neste dia, em que uma vez mais a lembro num novo "post", elevando-a com o carinho humano que a sua memória me merece.
Não desconheço o ostracismo a que a República que temos dedica a todas as personagens monárquicas - como ela foi e, sobretudo, por ter feito parte da "União Nacional" na I Legislatura do Estado Novo - como se todas as virtudes estivessem guardadas para os republicanos, os de então e os de agora, que eu nem sei se o são, ou apenas, uma imagem pálida do republicanismo intrometido na actual Democracia, que ainda tem muito para aprender, a começar pelo respeito que lhe devem merecer todas as pessoas de credos diferentes - longe dos extremismos selvagens - incluindo os que se têm pela Monarquia o seu pendor político.
Neste soneto onde perpassa uma dor profunda, Domitila de Carvalho ergue no seu peito, como ela diz, que - anoiteceu - sem contudo, a noite que caiu ao fim de um dia de espera por alguém que ela idealizara, e que parece ter caído, nesse aspecto íntimo, para sempre na sua vida, lhe ter cortado o amor pala crianças - que não teve porque Domitila de Carvalho nunca casou - e sobre as quais debruçou carinhosamente o seu amor de mulher com as suas intervenções na "Assembleia Nacional", relativamente à mortalidade infantil, tendo estado na origem de aulas de puericultura nos Liceus e Escolas do Ensino Secundário Feminino, advogando a introdução do Crucifixo nas escolas, esta uma razão a mais para o Estado que temos - que os aboliu - esquecer esta Mulher.
Não o faço eu, neste dia, em que uma vez mais a lembro num novo "post", elevando-a com o carinho humano que a sua memória me merece.
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