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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dois sonetos de Bernardo de Passos


Fac-simile de dois sonetos do Poeta de S. Brás de Alportel
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Poeta de um lirismo tocante e puro, foi como poucos um cantor admirável das terras algarvias, especialmente da sua terra natal, onde não faltou o seu pendor social em prol dos mais desprotegidos que ele embalava no seu ardor republicano.

Revejo-me, inteiramente no soneto REGRESSO, onde ele inspiradamente canta a alegria de voltar à terra que o viu nascer. Minha aldeia voltei! Avé-Marias... sentindo que disse com a sublimidade que lhe era própria, aquilo que eu digo, rusticamente, quando regresso à minha aldeia beirã, onde não falta a urze dos montes e de que fala Bernardo de Passos.

Revisitar os seus livros "Adeus"(1902); "Grão de Trigo"(1907); "Portugal na Cruz"(1909);"Bandeira da República"(1913); "A Árvore e o Ninho"(1930" - logo após a sua morte - é ir beber um púcaro de água fresca à mais idílica fonte do caminho, porque em qualquer deles, a pureza dessedenta toda a sede de amor que se tenha pela leitura sadia que ele soube burilar, cantando a beleza das paisagens algarvias e daquelas por onde passou a sua vida de cidadão exemplar.

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