Gravura publicada pelo Jornal "O António Maria" de 7 de Setembro de 1882
O novo Diógenes que se impõe existir e actuar no tempo que passa, se não houver ainda despertado atendendo à corrupção do tempo, é uma necessidade absoluta que venha a acontecer, porque os homens estão a caminhar por um caminho perigoso da moral e da honra na sua vivência diária e da qual nos dão conta os jornais, os noticiários e, até, muitos dos homens públicos que tinham o dever de ser exemplo.
Certamente - que a um novo Diógenes - não se lhe vai pedir que imite na perfeição o velho filósofo da Grécia antiga (404-42 a.C.) no aspecto andrajoso de um qualquer mendigo da rua, como ele se tornou ao percorrer Atenas de lamparina na mão, em pleno dia, dizendo que andava à procura de um homem íntegro, de honestidade irrepreensível - mas têm de lhe imitar o propósito, ou seja, encontrar um homem que cumpre estes dons.
Há quem sustente, que o homem que Diógenes procurou pelas ruas de Atenas só veio a existir com o advento de Jesus Cristo, séculos depois, concentrando na integridade moral que trazia, enquanto enviado de Deus, os dons naturais da beleza humana em relação ao dever de olhar os semelhantes e ver neles irmãos, como tal merecedores de serem olhados como fez Plínio na célebre carta que dirigiu a Trajano, dizendo que o que encontrava nos cristãos - que se diziam irmãos - era a obrigação feita por juramento de se absterem do roubo, do adultério, do perjúrio, de faltar á sua palavra, algo que hoje está perdido - em muitas mentes - pela adulteração de um tempo paganizado.
Razão suficiente para que surja, aí, num dia qualquer, um novo Diógenes.
E a pergunta que fica é, se, como então aconteceu, vamos ficar séculos à espera que apareça um homem honesto, parecido com Jesus Cristo.
É evidente que construímos uma fábula e tudo isto não passa de uma imagem.
Mas que o tempo que passa precisa de ser repensado na honra e na moral que deve dirigir os passos do homem, parece não haver dúvidas, pelo combate que é feito as linhas do Evangelho por todos aqueles que têm o desplante de dizer aos quatro ventos: graças a Deus sou ateu, deitando lama no caminho que pisam, com a agravante de levarem outros homens a pisar a sua própria lama.
Descristianizamos a sociedade, mas não somos felizes.
Que isto nos sirva de reflexão.
E, por isso, se amanhã, nos aparecer num dos muitos caminhos da cidade um homem de lanterna na mão e com aspecto estranho - como quem procura algo por entre o bulício e os passos apressados da multidão - não o tomemos de tolo: mas entendamos que ele incarna a figura do velho filósofo de Atenas...que procurou e não conseguiu encontrar um homem honesto.
Certamente - que a um novo Diógenes - não se lhe vai pedir que imite na perfeição o velho filósofo da Grécia antiga (404-42 a.C.) no aspecto andrajoso de um qualquer mendigo da rua, como ele se tornou ao percorrer Atenas de lamparina na mão, em pleno dia, dizendo que andava à procura de um homem íntegro, de honestidade irrepreensível - mas têm de lhe imitar o propósito, ou seja, encontrar um homem que cumpre estes dons.
Há quem sustente, que o homem que Diógenes procurou pelas ruas de Atenas só veio a existir com o advento de Jesus Cristo, séculos depois, concentrando na integridade moral que trazia, enquanto enviado de Deus, os dons naturais da beleza humana em relação ao dever de olhar os semelhantes e ver neles irmãos, como tal merecedores de serem olhados como fez Plínio na célebre carta que dirigiu a Trajano, dizendo que o que encontrava nos cristãos - que se diziam irmãos - era a obrigação feita por juramento de se absterem do roubo, do adultério, do perjúrio, de faltar á sua palavra, algo que hoje está perdido - em muitas mentes - pela adulteração de um tempo paganizado.
Razão suficiente para que surja, aí, num dia qualquer, um novo Diógenes.
E a pergunta que fica é, se, como então aconteceu, vamos ficar séculos à espera que apareça um homem honesto, parecido com Jesus Cristo.
É evidente que construímos uma fábula e tudo isto não passa de uma imagem.
Mas que o tempo que passa precisa de ser repensado na honra e na moral que deve dirigir os passos do homem, parece não haver dúvidas, pelo combate que é feito as linhas do Evangelho por todos aqueles que têm o desplante de dizer aos quatro ventos: graças a Deus sou ateu, deitando lama no caminho que pisam, com a agravante de levarem outros homens a pisar a sua própria lama.
Descristianizamos a sociedade, mas não somos felizes.
Que isto nos sirva de reflexão.
E, por isso, se amanhã, nos aparecer num dos muitos caminhos da cidade um homem de lanterna na mão e com aspecto estranho - como quem procura algo por entre o bulício e os passos apressados da multidão - não o tomemos de tolo: mas entendamos que ele incarna a figura do velho filósofo de Atenas...que procurou e não conseguiu encontrar um homem honesto.
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