Num dia, como o de hoje,
há 2018 anos, Jesus estava morto.
Havia sido piedosamente sepultado
por José de Arimateia,um homem rico de Judá
que exercia funções de magistratura
no Sinédrio judaico,
e era um seguidor de Jesus às
ocultas,
como já havia acontecido com Nicodemos,
porque a figura de Jesus impunha, naturalmente,
a realeza divina que trazia e fazia acontecer,
como o fez no drama do Calvário.
Naquele dia, porém, José de Arimateia
não temeu, naquela hora
de trevas!
Resoluto, foi pedir a Pilatos o Corpo de Jesus,
mas sem suspeitar
que na noite que se ia seguir
àquele dia,
conforme Jesus dissera, rressuscitaria!
Grande é este Mistério, e foi
talvez, por isso,
que Gustav Thibon em obediência
à metafísica
que fazia mergulhar a sua mente superior
no Ser Supremo, dentro da hierarquia dos seres,
escreveu assim:
O mistério
não é um muro onde a inteligência esbarra,
mas um oceano onde ela mergulha.
Muitas vezes, dou comigo a
pensar nesta frase
que no seu contexto mais fundo, se não for vista à luz
da sua raiz, pode
parecer uma perplexidade,
mas não é,
porque o homem
não esbarra no mistério,
pela simples razão de viver mergulhado
nele,
por ser ele mesmo causa e fim
desse mesmo mistério,
que é a
sua vida!
Senhor Jesus, neste dia,
mas
sobretudo, por aquilo
que fizeste acontecer, na noite
do próximo dia,
- o terceiro da Tua sepultura -
deixa que vá até ao fim,
mergulhado, bem dentro do meu
próprio mistério.
E continue em cada dia a dar -Te
graças
por não encontrar resposta,
senão a de saber, que Tu és em
mim
a chave de tudo isto.
Não, Senhor,
eu não esbarro na Tua
Providência
e não me pergunto por que vivo
assim,
tão rente ao mundo, mas sentindo
que Tu vives mergulhado em mim.
e eu em Ti!
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