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quinta-feira, 1 de março de 2018

Em honra da mulher e da sua igualdade na diferença!

Tela de Daniel Ridgway Knight
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Nesta tela o pintor norte-americano que fez da mulher um tema inspirador de muitos dos seus trabalhos artísticos apresenta em primeiro plano - a mulher - e mais longe, na sua perspectiva - o homem - um e outro atarefados em tarefas campestres, mas esta atitude pictórica tem um sentido bem definido, porque em muitos aspectos da vida real a mulher é superior ao homem. 

É mais afetuosa, mais receptiva e a sua intuição é mais intensa.

E se, há muitos anos atrás, a mulher esteve em inferioridade social e humana em relação ao homem, essa falha imperdoável da velha sociedade ficou-se a dever à falta de oportunidade de educação literária, porquanto, na necessidade de enfrentar a vida e os seus contratempos a mulher tem maior poder instintivo do que o homem, pois é a ela que ele deve sua existência.

Se a mãe é educada, então seus filhos serão bem instruídos e se a mãe é sábia, seus filhos serão conduzidos pelos caminhos da sabedoria, assim como se for religiosa mostra a seus filhos os caminhos da bondade, solidariedade, ambos caminhos de Deus.

Razão que nos leva a dizer que as futuras gerações dependem, grandemente, das mães de hoje se fizerem deste desiderato uma responsabilidade - pese a seu favor a falta de libertação a que foram sujeitas em tempos anteriores - é a elas, em primeiro lugar, por uma condição natural que lhes cabe esta tarefa de tornar dignos da sociedade os filhos que educam.

Se não fora a teimosia e a vaidade do homem em  querer sobrepor-se a Deus, como aconteceu, a justiça divina desde sempre exigiu que fossem igualmente respeitados os direitos de ambos os sexos, sem que nenhum deles se arvorasse superior ao outro, porque na presença de Deus, a dignidade não depende de sexo, mais sim de pureza e luminosidade de coração, o que nos faz sublinhar que as mulheres em toda a Bíblia sempre foram consideradas como seres insubstituíveis na corrente da vida, já que são elas que garantem a continuidade da História humana.

Eis, porque, no Livro dos Provérbios, o rei Salomão no cap. 18, versículo 22, diz o seguinte: "Aquele que acha uma esposa acha a felicidade" pelo que, pena foi, que este conceito tão antigo e tão cheio de sentido humano não tivesse merecido dos homens a atenção que merecia e em vez de o terem prosseguido em honra da mulher, fizeram o invés, colocando-a em segundo plano, criando no conjunto deste incontornável género humano, desânimos, sofrimentos, faltas de respeito e de sensibilidade quanto à importantíssima e imprescindível colaboração que elas prestam ao género masculino.

Num famoso livro - A FAMÍLIA - o seu autor Jacques Leclercq no capítulo intitulado - A Mulher na Sociedade - afirma isto: Todos os seres humanos são iguais, com uma igualdade de natureza que lhe confere a mesma nobreza, o mesmo direito de alcançarem o seu fim próprio e de utilizarem os meios necessários para o conseguirem, para adiante, num outro passo, declarar: Se existe uma diferença fundamental entre o homem e a mulher, é o diferente papel que a natureza lhes atribui na procriação. Ao passo que o homem não desempenha senão um papel episódico ao fecundar a mulher, esta abriga e fermenta o germe, que dela extrai tudo o que é necessário ao seu desenvolvimento.

Esta igualdade na diferença bastaria ao homem para aquilatar quão maior e mais importante é o papel da mulher na sociedade, se não fora o desbocado, impreciso, atentatório e desleal empenho do homem a chamar para si o axioma do -  sexo forte - que foi, afinal, apenas uma farronca da sua vaidade, em primeiro lugar por desconhecer, ou conhecendo, ter feito "tábua rasa" do conceito sábio do rei Salomão acima inscrito e, depois, de ter chamado para si mesmo o comando das sociedades, esquecendo que na sua sombra, quantas vezes, houve - e continuam a haver - mulheres fantásticas em tudo iguais aos homens e superiores a eles na diferença para que nos chama a atenção Jacques Leclercq.

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