SOLITÁRIO
Vou estrada fora, só,
Gelado deste frio de solidão
Em busca duma aurora, dum sol quente…
Que não quero mais noite, não!
Vou errante, cego da treva,
Mas é no meu passo miúdo que asseguro
A visão amiga duma aurora futura,
Que há-de, enfim, trepar sobre o
meu muro!
Vu serenamente, aquecendo a
noite fria
Nos meus poemas, sem deles fazer
alarde.
Perto ou longe, eu sei, está o
grande dia,
Rasgando a noite aonde o meu
sonho arde!
1977
(De um livro a publicar sob o nome: Vela ao Vento)
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