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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Solitário


SOLITÁRIO

Vou estrada fora, só,
Gelado deste frio de solidão
Em busca duma aurora, dum sol quente…
Que não quero mais noite, não!

Vou errante, cego da treva,
Mas é no meu passo miúdo que asseguro
A visão amiga duma aurora futura,
Que há-de, enfim, trepar sobre o meu muro!

Vu serenamente, aquecendo a noite fria
Nos meus poemas, sem deles fazer alarde.
Perto ou longe, eu sei, está o grande dia,
Rasgando a noite aonde o meu sonho arde!

1977
(De um livro a publicar sob o nome: Vela ao Vento)

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