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O ano de 366 assinala a eleição do Papa S. Dâmaso e o de 1276 o da eleição do Papa João XXI, e desde então, até ao presente a velha Nação Portuguesa aguarda voltar, um dia, a merecer o "fumo branco" que volte a erigir para o mais alto magistério da Igreja um outro cidadão nacional.
Há, por este tempo, uma esperança que paira no ar.
Pessoalmente, sinto-me dono dessa esperança, convencido que existem homens de grande valor humano e sábios do mundo em portugueses, como D. José Tolentino de Mendonça, convencido que este ilustre membro do Episcopado português na continuação da sua carreira eclesial vai ascender a um lugar que um dia o vai colocar na escolha do Espírito Santo, o guião imaterial que dirige a Igreja Apostólica de Cristo sediada em Roma.
Sei que não vou ver realizada esta minha esperança pelo peso dos anos de vida que já carrego, mas fica aqui assente o meu desejo por ver e sentir que a Nação Portuguesa nascida em cima do poder da Fé, pela sua postura humanista no tempo que passa é um exemplo.
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Dâmaso (em latim: Damasus; Idanha-a-Velha, Portugal, 305 —
Roma, 11 de dezembro de 384) foi 37º Papa da Igreja Católica de 366 até a data
da sua morte.
Dâmaso nasceu em Idanha-a-Velha [1] , território que no
século IV integrava o Império Romano mas atualmente faz parte de Portugal. A
sua época coincidiu com a ascensão de Constantino e a adopção do cristianismo
como religião oficial do Império Romano.
Foi eleito Papa em 1 de Outubro de 366, por larga maioria,
mas alguns seguidores do anterior Papa Libério, próximos do Arianismo,
consagraram o diácono Ursino, criando um Antipapa para tentar depor Dâmaso I.
Foram necessários dois anos de lutas sangrentas para que
Dâmaso I assegurasse o seu direito ao papado. As batalhas entre os bandos
seguidores dos dois postulantes foram de tal violência que num único dia de
batalha foram recolhidos 137 mortos. Acusado pelos seus adversários de
assassinato, Dâmaso I teve que se defender perante um Tribunal imperial. Porém
o imperador Valentiniano I apoiava Dâmaso I e no ano de 378 ele foi absolvido,
enquanto que o seu inimigo Ursino era desterrado.
Esse processo deu a Dâmaso I a oportunidade de ajustar as
relações entre a justiça civil e a eclesiástica. O Estado passou a reconhecer
oficialmente a competência da Igreja em matéria de fé e de moral, enquanto
tomava a seu encargo a execução das sentenças ditadas pelo tribunal do
episcopal.
Dâmaso foi um dos mais notáveis papas do século IV,
defendendo a Igreja de Roma contra eventuais cismas, enviando legados ao
Primeiro Concílio de Constantinopla, e também foi um escritor de grande mérito,
autor de valiosos epigramas e de importantes cartas sinodais. Também foi o papa
que encomendou a Jerónimo de Estridão uma revisão da versão latina da Bíblia, a
qual ficou conhecida como Vulgata Latina, até hoje uma das mais importantes
traduções bíblicas.
Foi o primeiro Papa a usar com desenvoltura o anel do
Pescador, com o símbolo de São Pedro, que ao contrário de hoje, era passado de
pontífice para pontífice, assim que confirmada a sua morte, como símbolo de sua
autoridade pastoral. O anel com a égide de Pedro, o primeiro papa, já não
existe, pois foi destruído.
Os imperadores romanos, incluindo Constantino, continuaram a
conservar o ofício de pontífice máximo (pontifex maximus) até 376 até que o
imperador Graciano, por razões cristãs, o recusou, já que reconhecia-o como
idolatria e blasfêmia. Há registros de que, em torno do ano 378, Dâmaso era
nomeado pontífice, embora não fosse chamado de pontífice máximo, termo que
aparece na Bíblia para descrever homens abençoados (Hebreus 5, 14), e em alguns
casos o próprio Jesus (Hebreus 3, 1).
É citado no livro "Peregrino da América" como poeta
português (Livro II).
Fonte: Wikipédia - a Enciclopedia livre
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João XXI, nascido Pedro Julião Rebolo e mais conhecido como
Pedro Hispano, (Lisboa, 1215 — Viterbo, 20 de maio de 1277) foi Papa desde 20
de setembro de 1276 até à data da sua morte, tendo sido também um famoso
médico, filósofo, teólogo, professor e matemático português do século XIII.
Adoptou sucessivamente os nomes de Pedro Julião como nome de
baptismo, Pedro Hispano como académico e João XXI como pontífice.
Alguns autores indicam como data de nascimento o ano de
1205[2], outros que foi antes de 1210, possivelmente em 1205 ou 1207[3] e outros
ainda entre 1210 e 1220.
História pessoal[editar | editar código-fonte]
Pedro Julião, ou Pedro Hispano, nasce em Lisboa, no então
Reino de Portugal, em data não conhecida, mas seguramente antes de 1226, filho
de Julião Pais Rebolo, médico, cuja profissão segue, e de sua mulher Mor
Mendes, e irmão de Gil Julião Rebolo (embora Luís Ribeiro Soares defenda que
possa ter sido filho do chanceler de D. Sancho I, Mestre Julião Pais, o qual
foi identificado como sendo a mesma pessoa). Usou as Armas dos Rebolo, que são:
de vermelho, três rebolos de ouro vazios do campo postos em roquete. A moderna
representação da Heráldica do Papa João XXI apresenta um escudo esquartelado,
que tem o 1.º e 4.º quartéis de vermelho, carregado com três crescentes de
prata, postos em roquete. Trata-se, na verdade, duma interpretação errada das
armas dos Rebolo, que são um escudo de vermelho, carregado com três rebolos de
ouro furados no meio, postos em roquete. Algumas representações mais antigas,
ainda assim muito posteriores, que terão sido feitas com base nalguma imagem já
deteriorada, poderão ter feito parecer esse três rebolos furados com três
crescentes, devendo-se a mudança do metal a fenómeno idêntico. Mas poucas
dúvidas poderão restar de que as três peças são rebolos furados e não
crescentes.
Começou os seus estudos na escola episcopal da catedral de
Lisboa, tendo mais tarde estudado na Universidade de Paris (alguns
historiadores afirmam que terá sido na Universidade de Montpellier) com mestres
notáveis, como São Alberto Magno, e tendo por condiscípulos São Tomás de Aquino
e São Boaventura, grandes nomes do cristianismo. Lá estuda medicina e teologia,
dedicando especial atenção a palestras de dialética, lógica e sobretudo a física
e metafísica de Aristóteles.
Entre 1246 e 1252 ensinou medicina na Universidade de Siena,
onde escreveu algumas obras, de entre as quais se destaca o Tratado Summulæ
Logicales que foi o manual de referência sobre lógica aristotélica durante mais
de trezentos anos, nas universidades europeias, com 260 edições em toda a
Europa, traduzido para grego e hebraico.
Prova da sua vastíssima cultura científica encontra-se na
obra De oculo, um tratado de Oftalmologia, que conhece ampla difusão nas
universidades europeias. Quando Miguel Ângelo adoece gravemente dos olhos,
devido ao árduo labor consumido na decoração da Capela Sistina, encontra
remédio numa receita de Pedro Julião. De sua autoria, o ‘Thesaurus Pauperum’
(Tesouro dos pobres)[6], em que trata de várias doenças e suas curas, com cerca
de uma centena de edições e traduzido para 12 línguas.
Antes de 1261, ano em que é eleito decano da Sé de Lisboa,
Pedro Julião ingressa no sacerdócio. O rei Afonso III de Portugal confia-lhe o
priorado da Igreja de Santo André (Mafra) em 1263, posto o que é elevado a
cónego e deão da Sé de Lisboa, Tesoureiro-mor na Arcebispo de Braga e
Cardeal[editar | editar código-fonte]
Arcebispo de Braga e Cardeal
Após a morte de Dom Martinho Geraldes, Pedro Julião é
nomeado Arcebispo de Braga pelo Papa Gregório X, em 1273. Um ano depois,
participa no XIV Concílio Ecuménico de Lião, altura em que Gregório X o eleva a
Cardeal-bispo com o título de Tusculum-Frascati, da Diocese suburbicária de
Frascati, o que permite ao pontífice poder contar com os serviços médicos do
sábio português. Regressa ao Arcebispado de Braga, até ser nomeado o sucessor,
Dom Sancho. De volta à corte pontifícia, Gregório X nomeia-o seu médico
principal (arquiathros) em 1275.
A eleição de Pedro Julião, em conclave realizado em Viterbo,
após a morte do Papa Adriano V, a 18 de agosto de 1276, decorre num período
muito perturbado por tensões políticas e religiosas e com alguns cardeais a
sofrer violências físicas. É eleito Papa a 13 de setembro e coroado a 20 de
setembro de 1276, e adota o nome de João XXISé do Porto e Dom Prior na
Colegiada Real de Santa Maria de Guimarães.
Pontificado
João XXI irá marcar o seu breve pontificado (de pouco mais
de 8 meses) pela fidelidade ao XIV Concílio Ecuménico de Lyon. Apressa-se a
mandar castigar, em tribunal criado para o efeito, os que haviam molestado os
cardeais presentes no conclave que o elegera.
Embora sem grande sucesso, leva por diante a missão encetada
por Gregório X de reunir a Igreja Grega à Igreja do Ocidente. Esforça-se por
libertar a Terra Santa em poder dos turcos.
Tenta reconciliar grandes nações europeias, como França,
Germânia e Castela, dentro do espírito da unidade cristã. Neste sentido, envia
legados a Rodolfo de Habsburgo e a Carlos de Anjou, sem sucesso.
Pontífice dotado de rara simplicidade, recebe em audiência
tanto os ricos como os pobres. Dante Alighieri, poeta italiano (1265-1321), na
sua famosa Divina Comédia, coloca a alma de João XXI no Paraíso, entre as almas
que rodeiam a alma de São Boaventura, apelidando-o de "aquele que brilha
em doze livros", menção clara a doze tratados escritos pelo erudito
pontífice português. O rei Afonso X de Leão e Castela, o Sábio, avô de Dom
Dinis de Portugal, elogia-o em forma de canção no "Paraíso", canto
XII. Mecenas de artistas e estudantes, é tido na sua época por 'egrégio varão
de letras', 'grande filósofo', 'clérigo universal' e 'completo cientista físico
e naturalista'.
Mais dado ao estudo que às tarefas pontifícias, João XXI
delega no Cardeal Orsini, o futuro Papa Nicolau III, os assuntos correntes da
Sé Apostólica. Ao sentir-se doente, retira-se para a cidade de Viterbo, onde
morre a 20 de maio de 1277, vitimado pelo desmoronamento das paredes do seu
aposento, estando o palácio apostólico em obras. É sepultado junto do altar-mor
da Catedral de São Lourenço, naquela cidade. No século XVI, durante os
trabalhos de reconstrução do templo, os seus restos mortais são trasladados
para modesto e ignorado túmulo, mas nem aqui encontraram repouso definitivo.
Através do contributo da Câmara Municipal de Lisboa, por João Soares então seu
presidente, o mausoléu é colocado, a título definitivo, ao lado do Evangelho da
Catedral de Viterbo, a 28 de março de 2000.
Deu nome ao Hospital Pedro Hispano e à Estação Pedro
Hispano, ambos em Matosinhos, à Avenida João XXI, em Lisboa, Braga e Vermoim, e
ao Instituto Pedro Hispano, em Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, no
distrito de Coimbra
Fonte: Wikipédia - a Enciclopédia livre
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