A cena bíblica é amplamente conhecida, tendo como "pano de fundo" o Mar da Galileia.
Relata-a o Evangelista S. Marcos (4, 35-41), deste modo: À tarde daquele dia, disse-lhes: “Passemos para o
outro lado”.Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele
estava. Outras embarcações o escoltavam. Nisso, surgiu uma grande tormenta
e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e
disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. E ele, despertando,
repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!”. E cessou o vento e
seguiu-se grande bonança. Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não
tendes fé?”.Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si:
“Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”.
Retoma esta cena Mário Barreto França, o poeta brasileiro do Recife que a par das suas funções docentes de professor e de militar de alta patente, conseguiu produzir uma vasta obra literária com acentuado pendor para a poesia de que este soneto é um exemplo do seu acrisolado amor à figura excelsa e única de Jesus Cristo, fazendo-nos lembrar a acalmia da tempestade operada pelo Mestre. que tendo deixado as margens seguia embarcado naquela barca de pesca, quando surgiu a tempestade.
A cena - é, apenas - uma imagem que nos deve animar e servir para nos mantermos sempre à tona de água, porque como diz o Poeta "Inda hoje o mar do mundo se encapela" e pode até acontecer como ele diz, que o nosso barco da vida, quantas vezes segue "sem vela", restando-nos, apenas, a figura de Jesus para acalmar as nossas tempestades e é, por isso, que a fé - como a esperança - não pode deixar de viver dentro do coração de cada criatura.
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