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sábado, 17 de novembro de 2018

"Pôr as barbas de molho"

in, Jornal "Expresso" - 1º caderno - 17 de Novembro de 2018
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Com este aviso - focando-o nas "crises internas" - Rui Rio "pôe as barbas de molho" o que no rifoneiro português quer dizer: "ficar de prevenção" ou "acautelar-se", fazendo, assim, um aviso aos apoiantes do Partido Social Democrata (PSD), e este aviso leva-me até outro rifão espanhol que diz assim: "quando você vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, ponha as suas de molho", querendo significar que todos devemos aprender com as experiências dos outros.

O que fez até agora, Rui Rio?
Aprendeu alguma coisa com os outros?

Não senhor. 
Não aprendeu nada e se nas próximas eleições - como se prevê o PSD alcançar o pior voto popular da sua história a ele se deve por ter sido um opositor fraco ao governo que está em funções, pelo que "pôr as barbas de molho", não é apenas um aviso, é uma confissão de impotência política que tem levado um partido charneira da política nacional, fundador da democracia, a esvair-se, um mal que não deixa prever - sem mudança de timoneiro - que se possa remediar, razão mais que suficiente para que tão depressa quanto possível se mude a agulha deste comboio que vai por aí "sem eira nem beira" - ou seja - "ao Deus dará"...

Que pena eu tenho deste partido... tão partido... que, ou lhe acodem ou desaparecesse de uma vez para sempre ao perder a importância que teve na política de Portugal.

Rui Rio tem culpa?
Tem, sim senhor!

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