Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A Filosofia em "A Escola de Atenas", um quadro famoso de Rafael


A Escola de Atenas - Obra Prima do Renascentista Rafael Sanzio
.................................................................. 

Este afresco famoso que podemos ver no Vaticano, faz parte de outros da autoria de Rafael existentes na Stanza della Segnatura, uma saleta perto da Capela Sistina e onde o Papa Júlio II (1443-1513) fazia despachos e encaminhamentos do dia, na corte eclesiástica.

Nele, o famoso pintor da escola de Florença - que na altura era um jovem  de 25 anos -  primou por deixar exibida para a posteridade quatro temas da sua predilecção: Filosofia, Teologia, Poesia e Direito, um em cada parede.

Pormenor

Neste quadro famoso há duas figuras humanas que ressaltam de tudo o mais e que é muito - os dois grandes filósofos Platão e Aristóteles - cujos gestos expressivos denotam a sua importância no mundo clássico renascentista.

Ao apontar para cima, Platão, de túnica vermelha, representa a filosofia abstracta e teórica e é apresentado segurando o "Timeu" que traça a distinção entre o mundo físico e eterno, opondo o primeiro que muda e perece ao segundo, que é imutável.

Aristóteles com o gesto aponta para baixo, para aquilo que está perto, ao redor, para a filosofia natural, segurando o livro "A Ética a Nicómaco", onde segundo ele, toda a racionalidade prática é teológica, ou seja, orientada para uma finalidade orientada que preside e justifica a maneira de a alcançar, tendo em  vista o usufruto da felicidade.

Em baixo, a figura solitária representa Heráclito vestido com roupa trivial, não esconde a reflexão melancólica em que o desprendimento ante o poder e à fruição de bens materiais, o tornaram antipático aos seus contemporâneos de Éfeso, por desdenhar dos poetas e dos filósofos, refugiando-se na solidão do templo de Ártemis

Três atitudes distintas.

Quanto às demais elas estão suficientemente analisadas por exímios historiadores da arte pictórica - longe do meu campo de observação - que, apenas se quis fixar nas figuras dos filósofos tratados, especialmente dos dois primeiros, uma prova de como é infinito o pensamento e as atitudes humanas que dele promanam, por serem na sua beleza mental uma imanação do Deus Criador que na sua imensa Sabedoria deu a todos os homens capacidades de pensar e agir diferentes, mas tanto num caso como no outro podemos encontrar sinais da sua presença eterna.

Sem comentários:

Enviar um comentário