Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

"Acipreste verde e triste"...



António Bersane Leite nasceu em  Lisboa em 1770 e faleceu no Rio de Janeiro alguns anos após a promulgação da Constituição brasileira, tendo-se sido no Reino de Portugal escrivão das décimas n a freguesia de Bucelas e como poeta teve alguma aura a sua colaboração n o "Almanaque das Musas" e mais, acentuadamente com a publicação em 1804 do livro "Quadras Glosadas" que é hoje uma raridade bibliófila e ele dedicou à Condessa de Oyenhauser. D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, mais conhecida pela Marquesa de Alorna.

Segundo se pensa - mas sem grande segurança histórica - teria embarcado na comitiva do rei D. João VI na sua fuga para o Brasil em 1807, levando por companhia a sua filha Maria Vicência que havia sido noiva do poeta Manuel Maria de Barbosa du Bocage, mas segundo outra fonte, a sua ida foi posterior, num tempo em  que embarcaram para o Brasil 15 a 20 mil pessoas, porquanto, na comitiva régia teriam seguido, apenas, 500 pessoas.

António Bersane Leite é hoje, um poeta completamente esquecido, mas não deixa de continuar a ser um prazer a leitura das "Quadras Glosadas", um género poétiico que naquele tempo tinha fama e cuja aparição literária em  Portugal remonta ao "Cancioneiro Geral" de Garcia de Resende (1516), em que os chamados poetas palacianos deram uma aura muito significativa àquele género literário.

Não foi o caso, no aspecto fidalgo, de António Bersane Leite que teve, apenas, como fonte inspiradora esta escola literária do século XVI.

Sem comentários:

Enviar um comentário