https://www.publico.pt/2016
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Quando em Junho de 2016 o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o Primeiro Ministro, António Costa, viveram durante três dias em França uma cooperação perfeita de que a cena do -"guarda - chuva para dois" é emblemática - num dado momento, ao falar para o povo português emigrado num recinto a céu aberto da região de Créteil, nas redondezas de Paris, o Presidente da República - sem se afastar da chuva que caía - depois de ter dito: “Somos grandes, os
portugueses, porque nos fizemos sempre contra o vento e contra a chuva – e eu
vou manter-me aqui à chuva para verem que o Presidente está convosco”, num ímpeto, António Costa aproxima-se para o proteger com um grande guarda-chuva e ao receber o sorriso deste, remata: “Reparem que quem tem o guarda-chuva
é o primeiro-ministro de esquerda. E quem é apoiado [é] o Presidente que veio
da direita”.
E continuou: “Portugal agora tem prioridades e estas exigem
uma grande estabilidade e uma grande convergência dos órgãos de soberania. Em
relação à Europa, temos de estar juntos para estarmos mais fortes. (...) E depois há diversidades: “Eu vou à missa e o
primeiro-ministro não”, tendo António Costa afinado pelo mesmo tom: “Nós temos de nos habituar
a que os órgãos de soberania tenham uma saudável cooperação e trabalhem em
conjunto, em vez de criarem problemas uns aos outros”, rematando assim: “a relação com o Presidente da República é objectivamente
muito saudável, muito sólida”, para num ar de muito acerto sobre a questão religiosa, dizer que as relações institucionais
“têm de superar essa relação pessoal
Fonte do itálico . Jornal Público daquela data
Fonte do itálico . Jornal Público daquela data
Foi bonito de ver.
E se, no momento, por causa do assunto do roubo das arma de Tancos parece não haver motivo para reeditar a cena do "guarda.chuva para dois ", fazendo valer o bem conhecido provérbio português: "Não há mal que sempre dure, nem bem que se não acabe", bom seria que estes dois homens de costas voltadas - um gesto mais nítido no Presidente da Republica - tenham viva a primeira parte do provérbio, tendo em conta que o mal que envolveu o Presidente numa teia estranha, não pode nem deve durar muito.
Mas, se vier a acontecer - e o mal perdurar - que o Presidente da República provoque a queda do Governo por ter desvalorizado o assunto de Tancos, como se o roubo e tudo quanto se lhe seguiu tivesse sido um acto de pouca importância, porque não foi.
E, portanto, porque não há "bem que se não acabe", se já não pode haver "um guarda.chuva para dois" que cada um se defenda da chuva que vier, pois todos sabemos que é do "temporal que vem sempre a bonança".
E, portanto, porque não há "bem que se não acabe", se já não pode haver "um guarda.chuva para dois" que cada um se defenda da chuva que vier, pois todos sabemos que é do "temporal que vem sempre a bonança".
Paz podre é que não vale!
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