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sábado, 3 de novembro de 2018

Só Deus...


 

Só Deus tem o poder soberano de salvar o homem que perdeu o norte do sentido da vida e para onde devem caminhar os seus passos, ao inspirar esta Verdade a Jesus que num certo dia em resposta aos fariseus e saduceus que o provocavam à frente dos seus discípulos, virando-se para eles, disse-lhes: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome a sua crus e siga-me" (Mateus 16, 24.

Esta assunção da renúncia a "si mesmo" que Jesus pediu, muito longe de querer tirar ao homem a sua personalidade, coisificando-o, era um modo de inculcar nele a sua responsabilidade moral, tornando-o uma  pessoa capaz de por sua livre vontade abandonar erros passados e tomar para si mesmo um novo sentido de vida, seguindo-O, ou seja, tomando como um fanal a moral e a honra de viver.

E é com o pensamento na cidade de Jerusalém onde pontificavam os tais fariseus e saduceus - duas hordas que enchiam os outros de Palavras de Deus sem eles as cumprissem - que Jesus voltando à carga havia de dizer num outro tempo: "Jerusalém, Jerusalém” que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes". (Lucas 13, 37)

Num e noutro passo o que encontramos são palavras que Jesus semeou , sabendo de antemão quão difícil era o terreno da sementeira, sem contudo, ter deixado de o fazer num convite ao querer do homem que tem dois ângulos a atender: o que procede da natureza e o outro que deriva da sua decisão, ou seja, o querer que todo o homem tem no seu coração como um fruto a precisar de ser sazonado e o querer que despoleta do fruto amadurecido e leva o homem a tomar uma decisão quanto ao usufruto que deve fazer para tirar um melhor proveito da sua vida.

Fica assim de pé, esta certeza: é ao homem que cabe a última palavra.

Todas as outras que ele possa ler e meditar dos Evangelhos ou de ouvir de amigos seus interessados no modo como Jesus se apresentava e em nome de Deus, salvar o homem ao tirá-lo dos seus erros, são, apenas, pistas e não imposições. porque na sua ampla liberdade humana, Deus não interfere, mas é bom que todos saibamos que só Deus é que tem o poder soberano de salvar o homem, se este assim o entender.

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