Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

"Aquilo que dás é teu para sempre"



Éric-Emmanuell Schmitt
in, Wikipédia

Aquilo que dás é teu para sempre.

O autor de tão sábias palavras é nosso contemporâneo e, com elas, deu-nos um profundo conceito evangélico que vai beber às raízes a seiva da Palavra-Viva que Jesus proclamou num pequeno território para se espalhar por todo o Mundo.

Reflexo nos nossos dias de todo o tempo que passou das andanças evangélicas de Jesus sobra a terra da Palestina, é a actualmente denominada Doutrina Social da Igreja, ao reconstituir nos nossos dias a fonte que jorrou viva nos primórdios do Cristianismo e, assim continua através do documentos do magistério papal que a partir dos tempos finais do século XIX, ajudou a modificar o contexto do que, socialmente era justo, sendo de toda a justiça lembrar como seu grande artífice, o Papa Leão XIII, com a publicação da "Rerum Novarum" (1891),  a que se seguiu, Pio XI, com a encíclica "Quagragesimo Anno" (1931;  S. João XXIII, com a "Mater et Magistra" (1961); Paulo VI, com a encíclica "Populorum Progressio" (1967) e a Carta Apostólica "Octagesima Adveniens" (1971), seguindo-se S. João Paulo II, com a publicação "Laborens Exercens"(1981); "Sollicitudo Rei Socialis" (1987) e, por fim, a "Centesimus Annus" (1991), culminando todo este labor pontifício em prol da "questão social" com a assunção da Doutrina Social da Igreja, apresentada em 2004, no Compêndio da Doutrina Social da Igreja, como um fruto assumido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Em todos estes documentos há a linha comum da solidariedade, cujo sentido mestre se funde na dádiva que cada grupo humano deve dar ao outro, ou mesmo, individualmente, cumprindo-se entre os homens o mesmo dever, na certeza, que, Aquilo que dás é teu para sempre, como advoga, sabia e evangelicamente -  Éric-Emmanuell Schmitt -  que nos dá este axioma tendo todo ele a força que Jesus deixou como marca viva da sua passagem pela terra e da qual os Papas acima referidos - tendo em conta os tempos da Revolução Industrial e a miserável condição do operariado - se tornaram testemunhas do pensamento que a Igreja ia buscar ao seu fundador.

Aquilo que dás é teu para sempre.

Que esta linha de rumo proclamada por alguém - que sendo um escritor bem conhecido - nos alerte para a necessidade de cumprirmos, cada um em si mesmo a "lei da terra" que produz frutos para os homens sem cuidar quem são, mas porque, a "sua lei" assim o ordena.


Sem comentários:

Enviar um comentário